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Favorito da oposição lança campanha à presidência do Uruguai

Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional (centro-direita) disse que se chegar ao poder em 2020, buscará que "a nação se sinta orgulhosa" de seu presidente

Agência France-Presse
postado em 30/03/2019 19:44
Montevidéu - O pré-candidato que lidera as preferências dos eleitores entre os opositores para as presidenciais no Uruguai, Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional (centro-direita), se lançou neste sábado (30/3).

Lacalle Pou, de 45 anos, disse que se chegar ao poder em 2020, buscará que "a nação se sinta orgulhosa" de seu presidente "e não tenha vergonha" de um mandatário por "andar defendendo ditaduras", após criticar nos últimos meses a posição do governo uruguaio sobre a crise na Venezuela.

O Uruguai, que defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul e tentou sem sucesso evitar sua suspensão do bloco em 2017, reconhece Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, mergulhada em uma crise social, econômica e humanitária sem precedentes.

Montevidéu integra um Grupo de Contato Internacional (GCI) liderado por nações europeias que promovem uma saída para a crise venezuelana mediante eleições, às que o regime chavista se opõe.

Em um ato ante milhares de pessoas em Montevidéu, Lacalle Pou, que disputará as internas de seu partido em junho, para as quais lidera as pesquisas com 60% das intenções de voto, se comprometeu a não aumentar impostos, tarifas públicas e combustíveis.

Durante a atual gestão de Vázquez, o governo fez vários ajustes fiscais que não foram suficientes para conter o aumento do déficit fiscal (das contas públicas), até quase 4,5% do PIB.

Em meio à contração da economia, no último trimestre, e após 16 anos com PIB em expansão, o Uruguai atravessa uma fase de enfraquecimento do mercado de trabalho e problemas em seu setor exportador.

Lacalle Pou prometeu uma "política agressiva de comércio exterior", após anos de dilemas na governante Frente Ampla sobre a oportunidade dos tratados de livre comércio. Enquanto o presidente e o chanceler promovem a abertura, importantes grupos da coalizão de esquerda se opõem a negociações comerciais.

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