Agência France-Presse
postado em 05/04/2019 15:44
O exército americano admitiu nesta sexta-feira (5) sua responsabilidade na morte, em abril de 2018 de uma mulher e uma criança na Somália, as primeiras mortes de civis que admite no âmbito de ataques aos islamitas radicais shebab.
Estas duas vítimas não foram reportadas ao comando americano para a África (Africom) até 30 de março, após uma investigação interna sobre os ataques americanos na Somália desde junho de 2017, informou o Africom em um comunicado.
Esta investigação surgiu a partir da publicação de um informe da Anistia Internacional que acusava o exército americano de dissimular as vítimas civis de seus ataques, embora o episódio de abril de 2018 não esteja mencionado no informe.
Em 1; de abril de 2018, as forças americanas lançaram um ataque com drone contra um veículo onde viajava "um membro do comando dos shebab e três de seus companheiros", indicou em coletiva de imprensa o chefe de operações do Africom, general Gregg Olson.
Uma mulher e uma criança estavam no veículo, o que os militares americanos ignoravam. Os seis ocupantes do carro morreram.
"Neste caso, parece que houve um erro", disse o general Olson, assegurando que era o único caso conhecido em que os ataques americanos haviam produzido vítimas civis.
"Mas nossa investigação continua e se encontrarmos informações suplementares, serenos transparentes a respeito", acrescentou.
O exército americano efetuou 28 ataques na Somália este ano, contra 47 em 2018 e 35 em 2017.