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Tribunal dá prazo de duas semanas para acordo entre Musk e órgão regulador

Agência Estado
postado em 05/04/2019 18:44
A Justiça deu um prazo de duas semanas para o presidente executivo da Tesla, Elon Musk, e a Securities and Exchange Comission (SEC) resolverem se o bilionário violou um acordo de fraude com órgão regulador, sobre seus tuítes polêmicos. A notícia é do jornal The New York Times. Nesta quinta-feira, 4, Musk esteve em uma audiência no tribunal federal de Manhattan sobre o caso. De acordo com a reportagem, a juíza Alison Nathan, do tribunal federal de Manhattan, disse para ambos os lados terem bom senso e "respirarem fundo". Segundo a agência de notícias Reuters, o tribunal também ordenou que o Elon Musk e a SEC tenham um encontro de pelo menos uma hora para tentarem resolver as preocupações do órgão regulador com o uso irresponsável do Twitter pelo executivo. Entenda o caso Musk é acusado de violar um acordo com a SEC feito em outubro de 2018, após o bilionário postar em sua conta pessoal no Twitter que cogitava tirar a empresa da Bolsa caso o preço da ação batesse US$ 420. O acordo dizia que Musk só poderia publicar na rede social com um monitoramento prévio feito pela Tesla. A SEC acusou o executivo de violação em fevereiro deste ano, porque ele publicou informações relevantes sobre a Tesla no Twitter sem pedir a aprovação de advogados da empresa. A batalha diz respeito a um tuíte que Musk postou para seus mais de 24 milhões de seguidores no Twitter: "A Tesla fabricou 0 carros em 2011, mas fará cerca de 500 mil em 2019" Quatro horas depois, Musk se corrigiu, dizendo que a produção anual provavelmente seria de cerca de 500 mil até o final do ano, com entregas no ano totalizando 400 mil. Os advogados de Musk argumentaram que o tuíte anterior apenas reafirmava uma previsão que ele havia feito em 30 de janeiro, quando disse que a produção do Model 3 poderia totalizar entre 350 mil e 500 mil veículos. Em uma entrevista em dezembro ao programa "60 Minutes", da CBS, Musk disse que não tem respeito pela SEC. Ele também disse que seus tuítes não foram revisados com antecedência desde o acordo.

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