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Veja as grandes datas de Israel desde a independência em 1948

O Estado de Israel foi criado em 14 de maio de 1948 em uma parte do território da Palestina, que desde 1920 estava sob mandato britânico

Agência France-Presse
postado em 08/04/2019 10:34
Israel
Paris, França - Confira abaixo as datas-chave do Estado de Israel desde a proclamação de sua independência em 14 de maio de 1948:

Nascimento e guerras

Três anos após o fim da Segunda Guerra Mundial e o extermínio de mais de seis milhões de judeus pelos nazistas, o Estado de Israel foi criado em 14 de maio de 1948 em uma parte do território da Palestina, que desde 1920 estava sob mandato britânico.

No dia seguinte de sua criação, estoura a primeira guerra árabe-israelense, ganha pelo novo Estado em 1949.

Mais de 760.000 palestinos são obrigados a migrar, refugiando-se em países árabes. Mais de 400 povoados são arrasados.

Em 25 de outubro de 1956, três meses após a nacionalização do canal de Suez pelo Egito, começa a segunda guerra árabe-israelense.

Israel usa seus tanques e sua aviação para tomar o Sinai e chega ao canal de Suez. Em 31 de outubro, França e Grã Bretanha bombardeiam o Egito.

Pressionados pela ONU, pelos Estados Unidos e depois pela União Soviética, Israel se retira do Sinai. França e Reino Unido põem fim à operação.

Em 5 de junho de 1967, Israel lança a chamada guerra dos Seis Dias ("Guerra de junho de 1967" para os árabes), contra Egito, Síria e Jordânia. Israel toma Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Faixa de Gaza, a parte síria das Colinas de Golã e o Sinai egípcio.

Em 6 de outubro de 1973, Egito e Síria atacam novamente Israel no Sinai e no Golã. É a guerra do Yom Kippur, ou a guerra de outubro para os árabes. Após sérios reveses, as forças israelenses conseguem reverter uma situação desfavorável. A primeira-ministra Golda Meier renuncia em 1974.

Paz com Egito

Em 17 de setembro de 1978, o então primeiro-ministro israelense, Menahem Begin, e o presidente egípcio, Anuar el Sadat, assinam em Washington os acordos de Camp David, que perfilam a assinatura, seis meses depois, em 1979, do tratado de paz egípcio-israelense, o primeiro entre Israel e um país árabe.

Jordânia assina um acordo de paz com Israel em 1994.

- Invasão do Líbano -
Em 6 de junho de 1982, o Exército israelense invade o Líbano (operação "Paz na Galileia") e expulsa de Beirute a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), de Yasser Arafat.

Em setembro, as milícias cristãs libanesas pró-israelenses cometem massacres nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila, em Beirute.

As tropas israelenses ocuparam o sul do país até sua retirada em 2000.

Após o sequestro de soldados israelenses por parte do movimento libanês Hezbollah, Israel lança uma devastadora ofensiva no Líbano em 2006.

Acordos e Intifadas

Em dezembro de 1987, os palestinos dos territórios ocupados, Cisjordânia e Gaza, rebelam-se, e estoura a primeira Intifada contra a ocupação israelense.

Em 13 de setembro de 1993, Israel e a OLP assinam em Washington os acordos de Oslo, uma "declaração de princípios" para estabelecer uma autonomia palestina transitória de cinco anos. É o primeiro acordo de paz entre Israel e os palestinos, selado pelo histórico aperto de mãos entre Yasser Arafat e o então primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, assassinado em 1995.

Após o fracasso das negociações palestino-israelenses de Camp David e a controversa visita em setembro do ano 2000 de Ariel Sharon, então líder da oposição de direita, à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, estoura a segunda Intifada.

Os militares israelenses ocupam novamente as principais cidades autônomas da Cisjordânia e, depois, em março de 2002, lançam a maior ofensiva na Cisjordânia desde 1967. Israel levanta um muro de separação com a Cisjordânia para impedir a entrada de homens-bomba palestinos.

Em setembro de 2005, Israel se retira da Faixa de Gaza e impõe um bloqueio sobre o território depois que o movimento islamita Hamas assumiu o controle do enclave palestino.

Guerras em Gaza

De 27 de dezembro de 2008 a 18 de janeiro de 2009, Israel lança uma vasta campanha aérea e depois terrestre para pôr fim aos disparos de foguetes da Faixa de Gaza. Morrem cerca de 1.440 palestinos e 13 israelenses.

Em 14 de novembro de 2012, Israel lança uma operação para assassinar o chefe militar do Hamas, Ahmed Jaabari. Em oito dias de bombardeios seletivos morrem 174 palestinos, entre eles uma centena de civis. Seis israelenses, incluindo quatro civis, também morrem.

Em 8 de julho de 2014, Israel lança uma operação contra a Faixa de Gaza para impedir os disparos de foguetes e destrói túneis cavados do enclave palestino.

Essa guerra, a mais longa e mais devastadora das três operações no território desde 2008, deixou 2.251 mortos palestinos, na grande maioria civis, e 74 mortos israelenses, quase todos soldados.

Apoio de Trump

Em março de 2015, Benjamin Netanyahu, à frente do governo desde 2009, triunfa nas eleições legislativas e forma o governo considerado mais à direita da história do país.

Em 6 de dezembro de 2017, o presidente americano, Donald Trump, reconhece Jerusalém como capital de Israel e provoca a indignação dos palestinos e rejeição da comunidade internacional.

Em 14 de maio de 2018, dia do 70; aniversário da criação de Israel, os Estados Unidos transferem sua embaixada para Jerusalém.

Em 25 de março de 2019, Donald Trump assina, diante de Netanyahu em Washington, o decreto com o qual os Estados Unidos reconhecem oficialmente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã.

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