"É formidável finalmente ter um sinal de que ainda há uma atividade sísmica em Marte", disse Philippe Lognonné, pesquisador do Instituto de Física da Terra de Paris.
"Estávamos esperando há meses o nosso primeiro terremoto marciano", acrescentou o "pai" deste sismógrafo francês SEIS (Seismic Experimrent for Interior Structure), instalado em 19 de dezembro em solo marciano graças a um braço robótico da sonda InSight, que chegou ao planeta vermelho em 26 de novembro.
Seu objetivo é, através do registro de terremotos, lançar luz sobre a história da formação de Marte que ocorreu bilhões de anos atrás.
Mas enquanto o primeiro tremor "marca o nascimento oficial de uma nova disciplina: a sismologia marciana", este foi muito fraco para fornecer dados úteis sobre o interior do planeta, de acordo com Bruce Banerdt, cientista-chefe da missão dentro Nasa.
E, de acordo com os cientistas, ainda é necessário confirmar se o terremoto foi registrado dentro do planeta e se não foi o efeito do vento ou de outras fontes de ruído.
Três outros sinais, mas ainda mais fracos que o de 6 de abril, foram detectados nos últimos dois meses.