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Rússia denuncia política agressiva dos EUA em relação ao petróleo iraniano

A Rússia denunciou nesta terça-feira a política 'agressiva e imprudente' dos Estados Unidos em relação ao Irã

Agência France-Presse
postado em 23/04/2019 16:23
A Rússia denunciou nesta terça-feira a política 'agressiva e imprudente' dos Estados Unidos em relação ao IrãA Rússia denunciou nesta terça-feira a política "agressiva e imprudente" dos Estados Unidos em relação ao Irã depois da decisão de Washington de punir os países que continuarem comprando petróleo de Teerã.

"Tal linha de ação não acrescentará qualquer prestígio internacional aos americanos. E o resto do mundo passa a entender que a política de Washington está se tornando cada vez mais agressiva e imprudente", disse o ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado.

"Washington nem sequer esconde sua vontade de submeter o mundo à sua vontade", disse o ministério russo, acrescentando que as novas sanções americanas contra o Irã "preocupam".

"Em sua busca pela hegemonia global, os Estados Unidos não só ameaçam a comunidade internacional com medidas econômicas punitivas, mas também fazem soar o clique das armas" no Oriente Médio, acrescentou.

O ministério russo elogiou "a contenção do Irã, que não se presta às provocações arrogantes americanas" e pediu que "todas as forças dotadas de bom senso façam tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a implementação do acordo" nuclear com o Irã assinado em Viena em 2015.

O presidente Donald Trump decidiu encerrar em 2 de maio as derrogações que ainda permitiam que oito países (China, Índia, Turquia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Itália e Grécia) importassem petróleo bruto iraniano, para "reduzir a zero as exportações" de Teerã e "privar o regime de sua principal fonte de renda".

Esta medida, que causou um aumento acentuado dos preços do petróleo, será especialmente difícil para Pequim e Nova Deli, aliado estratégico dos Estados Unidos e o terceiro maior importador de petróleo.

Turquia e Coreia do Sul, outros aliados de Washington, lamentaram a decisão dos EUA.

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