Agência Estado
postado em 01/05/2019 09:48
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse que às vezes o uso da força se faz necessário e declarou apoio a "toda e qualquer tentativa" de depor o presidente venezuelano Nicolás Maduro."A gente espera que a Venezuela esteja vivendo um novo momento, que ocorra essa transição da maneira mais democrática possível, mas a gente também sabe que no mundo real por vezes também é necessário o uso da força, porque é através da força que Maduro se mantém no poder", afirmou o deputado, em vídeo. "No mundo real, por vezes, nem sempre o que desejamos acontece. Em caso de derrota, Maduro vai tentar impor a Juan Guaidó remédios muito amargos."
O deputado está em Pacaraima (RR), cidade fronteiriça com território venezuelano em visita de parlamentares para verificar os impactos da imigração dos refugiados no Estado. A viagem já estava agendada, mas coincidiu com a tentativa do presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido pela diplomacia brasileira, de depor Maduro com apoio de militares.
"A pior situação é a permanência do narcoditador Maduro no poder. Apoio toda e qualquer tentativa de retirá-lo do poder pelo bem dos venezuelanos que estão morrendo de fome nesta crise humanitária", publicou o deputado, que assumiu protagonismo na política externa brasileira e presidente a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Próximo da direita venezuelana, Eduardo Bolsonaro disse que quem exerce o poder de fato ainda é Maduro. Ele disse que autoridades norte-americanas garantiram que Guaidó está sob proteção do país.
Mais cedo, o governo Jair Bolsonaro descartou completamente o envio de tropas brasileiras para uma ação militar externa no país vizinho. O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que é "muito pequena" a probabilidade de o Brasil dar apoio logístico e facilitar uma eventual entrada de tropas lideradas pelos Estados Unidos, por meio do território brasileiro. Em entrevista à TV Bandeirantes, Bolsonaro declarou que quem tem todas as cartas na mesa é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.