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ONU acha 12 valas comuns no Iraque durante investigação sobre EI

Em 2017, o Conselho de Segurança da ONU acordou em lançar uma investigação para garantir que o grupo extremista responda na Justiça pelos crimes de guerra no Iraque e na Síria

Agência France-Presse
postado em 20/05/2019 19:29
No final de 2018, mais de 200 valas comuns deixadas pelo EI com cerca de 12 mil corpos também foram descobertas
Nações Unidas, Estados Unidos - Uma equipe da ONU que investiga o massacre da minoria yazidi iraquiana e outras atrocidades cometidas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) escavou 12 valas comuns e vem coletando declarações de testemunhas pelo país, segundo um relatório das Nações Unidas consultado nesta segunda-feira (21/5) pela AFP.

O Conselho de Segurança da ONU acordou em 2017 lançar a investigação da ONU para garantir que o EI responda na Justiça pelos crimes de guerra no Iraque e na Síria, uma causa definida pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Nadia Murad, e a advogada internacional de direitos humanos, Amal Clooney.

No relatório enviado ao Conselho de Segurança, o chefe da equipe da ONU, o advogado britânico Karim Asad Ahmad Khan, disse que os esforços se concentraram em três investigações iniciais: o massacre de Yazidis em 2014, os crimes cometidos em Mossul de 2014 a 2016 e o assassinato em massa de recrutas militares iraquianos na região de Tikrit em junho de 2014.

A equipe da ONU começou a trabalhar em outubro passado com a primeira vala comum que continua os corpos de vítimas do EI e que foi descoberta em março e abril na aldeia natal de Murad, Kojo, na região de Sinjar, no noroeste do Iraque.

Ahmad Khan disse que "o avanço tinha sido mais lento que o esperado" na investigação e destacou a necessidade de estabelecer "canais claros e efetivos" para utilizar a evidência nos procedimentos iraquianos.

O governo iraquiano vinha resistindo aos pedidos de investigação da ONU apesar das evidência sde mais de 200 valas comuns no Iraque contendo corpos de vítimas do EI, que se expandiu por todo o norte do Iraque em 2014.

Murad está entre as milhares de mulheres yazidis que foram feitas reféns e transformadas em escravas sexuais, enquanto se estima que centenas de homens e mulheres desta minoria tenham sido executados pelos extremistas

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