postado em 25/05/2019 04:07
Em meio ao clima de crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irã, o presidente Donald Trump anunciou ontemque enviará cerca de 1.500 soldados adicionais ao Oriente Médio. O efetivo é pequeno, mas o gesto foi considerado de grande simbolismo, dada às constantes ameaças trocadas entre Washington e Teerã e que vêm causando grande preocupação à comunidade internacional.
;Queremos ter proteção no Oriente Médio. Enviaremos um número relativamente pequeno de tropas, em sua maioria preventivas;, afirmou o presidente. O envio inclui aeronaves de reconhecimento, caças, engenheiros e a extensão da presença de um batalhão de defesa de mísseis Patriot, que representa 600 soldados do total.
;Essa é uma resposta prudente a ameaças verossímeis do Irã;, declarou o secretário da Defesa em exercício, Patrick Shanahan. Agentes do Pentágono ressaltaram que o envio de mais militares ao Oriente Médio é uma resposta a incidentes na região que a Inteligência americana ligou à República Islâmica. Entre eles, um ataque a drone de huthis contra uma instalação petroleira saudita, em 14 de maio, e outro com foguete, na Zona Verde de Bagdá, cinco dias depois. O primeiro aconteceu 48 horas após uma misteriosa sabotagem de quatro navios, entre eles dois petroleiros sauditas, em Fujairah, na entrada do Golfo.
;Nós vemos isso como uma campanha;, opinou o contra-almirante Michael Gilday, diretor do Estado-Maior Conjunto do Pentágono. Ele destacou que a expansão da presença militar norte-americana na região é defensiva e destinada a enfrentar uma suposta ameaça do Irã. ;Acreditamos que, por meio de uma combinação de uma implantação de ativos muito medida, bem como de mensagens públicas, estamos novamente tentando ressaltar que não estamos buscando hostilidades com o Irã;, disse.
Os Estados Unidos têm entre 60 mil e 80 mil soldados posicionados no Oriente Médio, sendo 14 mil no Afeganistão, 5.200 no Iraque e menos de dois mil na Síria, segundo o Pentágono.