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Tubo de ensaio

Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 25/05/2019 04:07
Fatos científicos da semana

; Segunda-feira, 20
S.O.S abelhas

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) fez um apelo às autoridades e aos governos de todos os países pela proteção das abelhas, em face do preocupante declínio mundial das populações desses insetos, tidos como aliados-chave na luta contra a fome. ;É uma ameaça para uma grande variedade de plantas;, alertou a entidade. Mais de 75% das culturas que alimentam o mundo dependem de alguma forma da polinização de insetos e outros animais, por isso sua ausência pode terminar com café, maçãs, amêndoas, tomates e cacau, explicou a FAO. Segundo especialistas, a quantidade de abelhas e de outros polinizadores ;está sendo reduzida devido, em grande parte, a práticas agrícolas intensivas, monocultura, uso excessivo de produtos químicos agrícolas e temperaturas mais altas associadas às mudanças climáticas;. No Brasil, entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas em apenas quatro estados (SP, SC, MS e RS).



; Terça-feira, 21
O imprevisível futuro dos oceanos

Cientistas consideram extremamente difícil prever quanto os oceanos vão aumentar devido ao aquecimento global até o fim do século, mas, em estudo da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS), 22 especialistas fazem suas apostas. E elas não são otimistas. A estimativa mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2014, estimava que o pior cenário era de quase um metro de elevação, em comparação com o período 1986-2005. O novo estudo não contradiz esse cenário, mas adverte sobre a possibilidade de que o aumento seja ainda maior: sua previsão média em um esquema otimista é de 69cm e de 111cm se as condições atuais continuarem. O trabalho combina as estimativas dos especialistas nas calotas polares da Groenlândia e da Antártida. O derretimento dessas áreas é um dos fatores de risco fundamentais para o aumento do nível das águas, juntamente com os glaciares e o aumento do volume de água quente nos oceanos, embora seja também o mais imprevisível.






; Quarta-feira, 22
A cerveja dos faraós

Pesquisadores israelenses conseguiram extrair levedura de jarros antigos para fabricar uma cerveja similar à que os faraós bebiam há mais de 3 mil anos. Com um teor alcoólico de 6% e um sabor parecido ao de uma de trigo, a cerveja foi apresentada para degustação, em um bar de Jerusalém Ocidental, assim como um hidromel com 14% de álcool. A bebida ainda não tem nome oficial. Segundo os cientistas envolvidos no projeto, resultado da parceria de três universidades, é a primeira vez que se recria uma cerveja utilizando levedura antiga. ;Quando obtivemos essa cerveja, nos sentamos em volta de uma mesa, bebemos e brindamos;, afirmou Aren Maeir, arqueólogo da Universidade de Bar-Ilan. ;Então eu disse: tudo vai ficar bem ou todos estaremos mortos em cinco minutos. Sobrevivemos e estamos aqui para contar a história;, acrescentou.




Sob o impacto do clima
Estudo publicado na revista Nature mostra uma movimentação do plâncton do Hemisfério Norte, uma tendência que preocupa cientistas. De acordo com a pesquisa, esses micro-organismos presentes na base da cadeia alimentar oceânica tendem a migrar mais para o norte devido ao aquecimento global. ;Não é uma boa notícia para os ecossistemas marinhos;, afirma Lukas Jonkers, pesquisador da Universidade de Bremen, na Alemanha, e principal autor do estudo. ;Em um certo lugar ainda se encontrará muitas espécies diferentes, mas, agora, vemos que esse conjunto se compõe de espécies que preferem as águas mais quentes;, observou. A situação no Hemisfério Sul não foi analisada, mas, para Lukas Jonkers, o padrão é similar. ;Onde as temperaturas mudaram mais, as espécies mudaram mais;, disse, falando de um ritmo de mudança gradual. Segundo ele, até agora, nada demonstra uma extinção de espécies.




; Quinta-feira, 23
O cronograma de Ártemis

A Nasa divulgou o calendário do programa Ártemis, que levará astronautas à Lua pela primeira vez em meio século. O projeto inclui oito lançamentos programados e uma mini-estação na órbita lunar até 2024. As missões foram nomeadas em homenagem a Apolo, que batizou o conjunto de missões espaciais coordenadas pela agência espacial norte-americana, entre 1961 e 1972 com o objetivo de colocar o homem na Lua. Ártemis era irmã gêmea da divindade na mitologia grega e a deusa da caça, do deserto e da Lua. O administrador Jim Bridenstine confirmou que a Ártemis 1 será uma missão não tripulada ao redor da Lua planejada para 2020. Depois virá a Ártemis 2, que irá orbitar o satélite da Terra com uma tripulação por volta de 2022. E, finalmente, Ártemis 3, que colocará astronautas no solo lunar em 2024, incluindo a primeira mulher. As três serão lançadas ao espaço pelo maior foguete de todos os tempos, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS), liderado pela Boeing, em desenvolvimento após vários atrasos.





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