Agência Estado
postado em 25/05/2019 08:52
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alfinetou o Japão pelo desequilíbrio na balança comercial em meio ao pontapé inicial da sua visita de Estado ao país asiático neste sábado que foi feita sob medida para os seus caprichos e ego.
Falando em uma recepção com dezenas de líderes de negócios japoneses e americanos na residência do embaixador dos EUA em Tóquio pouco tempo depois da sua chegada ao país, Trump disse que os EUA e o Japão estão "trabalhando duro" na negociação de um novo acordo comercial bilateral que ele afirmou que beneficiaria ambos os países.
"Eu diria que o Japão teve uma vantagem substancial por muitos, muitos anos, mas tudo bem", comentou Trump ao grupo. "Talvez seja por isso que vocês gostam tanto de mim."
As afirmativas enfatizaram a dinâmica competitivas de uma visita de Estado desenhada para mostrar os profundos laços entre os EUA e o Japão e a amizade estreita entre Trump e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, mesmo com tensões elevadas.
Abe preparou o tapete vermelho para Trump como parte de uma contínua ofensiva de charme, dando a ele a honra de ser o primeiro chefe de Estado convidado a se encontrar com o imperador Naruhito desde que ele ascendeu ao trono em 1º de maio. Trump também jogará golfe com Abe e terá a chance de entregar uma "Copa Trump" em um campeonato de sumô no domingo.
Ao passo que se espera que a visita seja largamente cerimonial, também envolve valores altos. Trump está ameaçando o Japão com tarifas sobre automóveis e autopeças potencialmente desvastadoras e sugeriu que irá adiante com as tarifas se o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, não conseguir arrancar concessões do Japão e da União Europeia.
Trump havia previsto que um acordo comercial nipo-americano poderia ser finalizado durante sua viagem. Mas isso é altamente improvável dado que os dois lados ainda estão sondando os parâmetros do que eles querem negociar.