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Cristina volta à Corte em caso de corrupção

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 28/05/2019 04:07
A ex-presidente Cristina Kichner chega a tribunal para segunda audiência
A ex-presidente da Argentina Cristina Fernández de Kirchner compareceu, ontem, pela segunda vez, perante a Corte no julgamento por um escândalo de corrupção envolvendo o favorecimento do empresário Lázaro Bárez na concessão de obras públicas, durante seu governo (2007-2015). A nova audiência foi dedicada à leitura das acusações contra ela e contra outras 12 pessoas.

Senadora do peronismo de esquerda e vice-presidente na chapa para as eleições de 27 de outubro próximo, Kirchner tinha solicitado ao tribunal que a isentasse de participar da segunda sessão. O tribunal autorizou, desde que ela apresentasse uma justificativa. A ex-presidente decidiu, então, comparecer. ;Como neste caso podia ser sujeito à interpretação, a recomendação foi de se apresentar;, explicou Gregorio Dalbón, um de seus advogados.

Cristina corria o risco de ser declarada em revelia, caso se ausentasse sem a devida dispensa do tribunal. Kirchner, 66 anos, tem vários processos abertos por suspeita de corrupção e cinco pedidos de prisão preventiva. Como ela goza de imunidade parlamentar pelo fato de ser senadora, tais pedidos não a afetam. Do mesmo modo que na segunda-feira passada, na primeira audiência do julgamento, Cristina Kirchner entrou sorridente e pontual no tribunal.

O ;caso Vialidade; tem 13 réus, e é a primeira vez que chega a julgamento oral. Calcula-se que se estenderá por um ano em audiências semanais, nas quais mais de 100 pessoas devem testemunhar. Cristina é acusada de ter liderado uma associação ilícita para favorecer Báez, ligado aos Kirchner, em concessões para obras viárias na província de Santa Cruz (sul).

;Perseguição;
O julgamento correrá em paralelo à campanha eleitoral, na qual Kirchner se apresenta como companheira de chapa de seu ex-chefe de gabinete Alberto Fernández. Cristina alega que o julgamento é uma ;perseguição política com um único objetivo: colocar uma ex-presidente da oposição a este governo no banco dos réus em plena campanha eleitoral;. Kirchner e o restante dos acusados, entre eles seu ex-ministro de Obras Públicas Julio de Vido, têm a obrigação de presenciar a leitura das acusações, assim como nas demais fases, até o anúncio do veredicto, explicou Dalbón.

Até o fechamento desta edição, Cristina não tinha comentado o segundo dia de julgamento em suas redes sociais. No Twitter, a ex-presidente publicou imagens da campanha. As eleições presidenciais argentinas estão marcadas para 27 de outubro deste ano.


100
Total de testemunhas que devem se apresentar ao tribunal para depor sobre o ;caso Vialidade;

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