postado em 01/06/2019 04:05
Um ex-funcionário do Centro Municipal de Virginia Beach, no estado americano da Virginia, abriu fogo no local ontem à tarde, executando 11 pessoas e ferindo pelo menos seis, entre elas um agente. A polícia matou o atirador, durante a troca de tiros. ;Nós escutamos o tiroteio, mas não sabíamos que foi algo tão próximo. Graças a Deus a polícia nos alertou a tempo;, disse Sheila Cook, que estava no local. O complexo administrativo abriga o tribunal e o gabinete do prefeito. ;A rápida ação foi o bastante para que eu me sentisse segura para sair do prédio. Deus estava conosco. Eu estou tremendo e aliviada ao mesmo tempo;, acrescentou, em entrevista ao jornal The Washington Post.
Megan Banton, funcionária do complexo, relatou que estava no segundo andar quando o seu supervisou escutou um barulho alto e determinou aos colegas que fossem ao seu escritório. Enquanto os tiros prosseguiam, 20 pessoas se amontoaram no chão e fizeram uma barricada com uma mesa. ;Nós continuamos ouvindo os disparos, e tentávamos nos manter calmos como podíamos;, disse ao Post. ;Você nunca pensa que isso vai ocorrer com você. Quando acontece, é totalmente diferente.;
;Este é o dia mais devastador na história de Virginia Beach. As pessoas envolvidas aqui são nossos amigos, colegas e vizinhos;, lamentou o prefeito Bobby Dyer, em entrevista coletiva. ;É uma violência indescritível e sem sentido. Meus pensamentos estão com as vítimas e com suas famílias;, disse o governador da Virgínia, Ralph Norton. Até o fechamento desta edição, o presidente Donald Trump não tinha se pronunciado sobre o caso, e a identidade do atirador era desconhecida da imprensa.
De acordo com o jornal local The Virginian-Pilot, Zand Bakhtiari estava com quatro colegas no departamento de tecnologia da informação (TI), no primeiro andar, quando o chefe lhe avisou, por mensagem de texto, que havia um atirador ativo no prédio. Ele contou não ter ficado nervoso até ouvir os primeiros tiros ; vários deles, em rápida sucessão. ;Foi algo repetido, rápidos disparos;, lembrou. Minutos depois do fim dos disparos, Zand escutou o alarme de incêndio e sentiu o cheiro de pólvora.
A vereadora Barbara Henley tinha acabado de chegar ao complexo para buscar a agenda, como faz toda a semana, por volta das 16h (hora local). Foi quando ouviu sirenes e viu carros da polícia. Pensou que fosse um acidente. Ao estacionar o carro entre dois prédios do complexo, se deparou com funcionários aos prantos, do lado de fora, usando os celulares. Então, escutou um grito com voz masculina: ;Abaixem!”. ;Eu estava morrendo de medo;, admitiu. A rede de TV CNN informou que a polícia encontrou no local uma pistola semi-automática e um rifle. O suspeito teria adquirido as armas legalmente, de acordo com investigações preliminares.