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Novo presidente de El Salvador assume, encerrando domínio bipartidário de 30 anos

Agência Estado
postado em 01/06/2019 21:07
O jovem empresário Nayib Bukele assumiu a presidência de El Salvador neste sábado, pondo fim a cerca de 30 anos de domínio bipartidário na nação centro-americana. O ex-prefeito de San Salvador de 37 anos colocou sua mão esquerda na Bíblia e jurou cumprir e fazer cumprir as leis do país durante seu mandato de cinco anos. Em seu discurso, Bukele disse que El Salvador "sofreu muito". "É um país que deve se reconstruir, que enfrentou terremotos e governos corruptos e, ainda assim, continuamos avançando", afirmou. O novo presidente prometeu uma nova forma de governar junto ao povo e pediu a participação de todos os setores. "Juramos que mudaremos nosso país contra todos os obstáculos, contra todos os inimigos, contra todas as barreiras, contra todos os muros. Nada ficará entre Deus e seu povo para poder mudar El Salvador", disse, prometendo prosperidade, trabalho, segurança, moradia decente, água potável, hospitais com medicamentos e escolas dignas. "Quantas vezes já ouvimos isso antes e sempre foi uma mentira, sempre quebraram a promessa", comentou. Bukele terá de enfrentar os graves problemas que afetam a nação: violência galopante gerada em grande parte por gangues presentes em todo o país, desemprego, corrupção e impunidade. Ele prometeu criar a Comissão Contra a Impunidade de El Salvador(CICIES), com o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e das Nações Unidas. Os salvadorenhos definiram nas urnas, no dia 3 de fevereiro, o que há mais de um ano as pesquisas previam: Bukele venceu com 53,2% dos votos, superando o candidato de direita Carlos Calleja, da Aliança Nacionalista Republicana (Arena), partido que governou o país de 1989 a 2009 e desta vez recebeu apoio de 31% do eleitorado. Já o chanceler Hugo Martinez, da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), de esquerda, alcançou 14,4% dos votos. O grupo buscava sua terceira presidência, após ver vencido as eleições em 2009 e em 2014. Fonte: Associated Press

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