postado em 07/06/2019 11:00
Sem conseguir a aprovação de um acordo no Parlamento para alavancar o Brexit ; o divórcio entre Reino Unido e União Europeia ;, a primeira-ministra britânica, Theresa May, deve oficializar hoje a renúncia como líder do Partido Conservador, mas não da chefia de governo. De acordo com o jornal Independent, May deverá comandar o país e cumprir com todas as suas tarefas oficiais até a escolha do sucessor.
A disputa pelo poder dentro do Partido Conservador somente terá início na próxima segunda-feira. Uma primeira votação está marcada para 13 de junho, quando os candidatos com menos de 17 votos serão automaticamente eliminados. Caso todos recebam 17 ou mais votos, o menos popular deixará o processo sucessório. Uma segunda votação está agendada para cinco dias depois, quando serão necessários pelo menos 33 votos para a sobrevivência na disputa.
A expectativa é de que os dois candidatos mais bem votados e remanescentes no processo sejam colocados à prova final: 160 mil membros do Partido Conservador votarão por meio do serviço postal, e o resultado deverá ser divulgado na semana de 22 de julho. Segundo o Express, May poderá até mesmo adiar sua renúncia do partido caso o ex-chanceler Boris Johnson seja eleito para liderar os conservadores. A premiê deseja ter a certeza de que o substituto em 10 Downing Street, sede do poder, seja uma pessoa que construa a confiança do Parlamento. Além de Johnson, o ex-secretário de Estado para o Brexit Dominic Raab é considerado favorito para a chefia do gabinete britânico. O porta-voz do governo admitiu ao jornal The Guardian que May não entregará as chaves da residência ofical ;até que ela possa dizer à rainha que está se afastando e que acredita que outra pessoa pode conquistar a confiança da Câmara dos Comuns;.
Grande vencedor das eleições europeias no Reino Unido, o Partido do Brexit, do controverso Nigel Farage, espera entrar no Parlamento de Westminster durante uma eleição parcial em Peterborough, no leste da Inglaterra. ;Nosso establishment político ficou mortificado com o que aconteceu; nas eleições para o Parlamento Europeu realizadas no fim de maio, disse Farage, que defende uma ruptura total com a UE, durante uma visita no sábado a seu candidato, Mike Greene, um empresário local. O partido de Farage, fundado há poucos meses, sonha em acabar com o sistema bipartidário entre conservadores e trabalhistas que domina a vida política no Reino Unido.