postado em 09/06/2019 04:06
Chicago ; Para Paulo Lages, oncologista do grupo Oncoclínicas, em Brasília, ambos os estudos científicos apresentados no Asco trazem claras esperanças de tratamentos mais eficazes aos pacientes com câncer de próstata. ;Quando a gente vem para um congresso como esse, o paciente pensa que a única coisa que pode ter de novo para ele é o surgimento de uma nova droga, mas, na verdade, isso não acontece, nem sempre é necessário que surja uma droga para que a gente tenha novas opções de tratamento;, diz
O especialista brasileiro usa o projeto TITAN para exemplificar essas opções científicas. ;Temos uma droga que já existe no Brasil, a apalutamida. Mas, para o paciente que tinha metástase, ela ainda não poderia ser prescrita. O que o estudo mostrou é que o seu uso com o tratamento hormonal tem resultados extremamente positivos, como o aumento de vida e a redução da progressão da doença;, resume.
Lages ressalta que a chegada dessas novas opções segue um caminho de medicina mais personalizada, algo que vem sendo bastante explorado pelos especialistas da área. ;No tratamento do câncer de próstata, o que tem ocorrido é que estamos conseguindo individualizar cada vez mais as terapias usando marcadores que ajudam a identificar o que usar para cada tipo de cenário a fim de obter os melhores resultados;, explica.
No caso da pesquisa que foca no uso combinado da enzalatumida, Paulo Lages frisa que a estratégia de unir uma molécula quimioterápica e o bloqueio hormonal também pode vir a ser explorada com sucesso para determinados casos. ;Isso é muito positivo, pois, no passado, vivemos um tempo em que só tínhamos uma droga para dar ao paciente. O resto era cuidado paliativo. Felizmente, isso está mudando com o uso dessas outras drogas.; (VS)
;Estamos conseguindo individualizar cada vez mais as terapias usando marcadores que ajudam a identificar o que usar para cada tipo de cenário a fim de obter os melhores resultados;
Paulo Lages, oncologista do grupo Oncoclínicas, em Brasília