postado em 15/06/2019 04:26
Guilherme Renke, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e cardiologista da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)Para o senhor, quais as principais implicações do estudo?
É mais um estudo grande de uma série de publicações robustas que sugere maior mortalidade com consumo da carne. No entanto, deve-se dar maior atenção às carnes processadas que não são in natura e recebem aditivos, conservantes e demais substâncias químicas. Já existem outras associações com consumo de processados, como obesidade e síndrome metabólica, ambas condições que também aumentam a mortalidade.
O senhor acredita que a tendência da alimentação baseada em vegetais se consolidará no Brasil?
Na realidade, já se consolidou em diversas capitais do país, especialmente no Sudeste, onde o número de adeptos do ;reducionismo; (diminuição da ingesta de carne) cresceu muito nos últimos anos. Resta saber se em outras regiões, onde o consumo de carne é grande, haverá ou não esse movimento.