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Bolsonaro aproveita G-20 para se encontrar com Xi Jinping e príncipe saudita

O presidente Jair Bolsonaro planeja fazer reuniões bilaterais com ao menos cinco chefes de Estado enquanto participa da cúpula do G-20, que ocorrerá nesta semana no Japão. Entre os encontros já previstos em sua agenda, estão os com Xi Jinping, presidente da China, e Mohammed bin Salman, príncipe da Arábia Saudita. O presidente também pretende se reunir individualmente com outros representantes dos Brics - bloco de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Já está marcado um encontro com Narendra Modi, primeiro-ministro indiano. Segundo um auxiliar, Bolsonaro pretende incluir ainda em sua agenda uma reunião com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul. Até o momento, não foi feito pedido de encontro por parte de Vladimir Putin, presidente da Rússia. A agenda do presidente será intensa durante os três dias no Japão. Na quinta-feira, quando chegará a Osaka, está previsto um jantar privado com integrantes de sua comitiva. De acordo com uma fonte, o Planalto avalia se incluirá no encontro a participação de empresários japoneses com ligação com o Brasil, como representantes da Mitsui, acionista da mineradora Vale. Na sexta-feira, Bolsonaro receberá uma homenagem na Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil e, em seguida, irá ao encontro informal dos Brics. Segundo uma fonte a par dos preparativos, a expectativa é que Bolsonaro faça a principal fala na reunião. Em seguida, o presidente se reúne com Xi Jinping e então segue para cumprir a programação da cúpula do G-20. No sábado, paralelamente às atividades do G-20, Bolsonaro terá o encontro bilateral com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien-Loong, e com Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita. O príncipe é grande aliado do governo de Donald Trump, mas vem sofrendo pressão internacional após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no ano passado. Segundo informações da imprensa americana, a CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, chegou a apontar Mohammed bin Salman como mandante do crime, que ocorreu no consulado saudita em Istambul. O governo brasileiro já tinha sinalizado intenção de se aproximar dos sauditas. O chanceler Ernesto Araújo afirmou que Bolsonaro planeja fazer ainda este ano uma visita a países árabes, entre eles a Arábia Saudita e os Emirados Árabes.