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Democratas debatem crise migratória

postado em 28/06/2019 04:05
O ex-vice-presidente Joe Biden foi uma das estrelas do evento de ontem
Enquanto os republicanos comemoravam a aprovação de uma lei de ajuda humanitária para a fronteira entre México e Estados Unidos, mais 10 pré-candidatos do Partido Democrata travavam a segunda noite de debates ; uma etapa inicial para a corrida à Casa Branca. O ex-vice-presidente Joe Biden e o senador Bernie Sanders foram as principais estrelas do duelo de ontem. A imigração foi um dos assuntos discutidos pelos opositores de Donald Trump. ;Não se enganem. O governo Trump adicionou uma pergunta sobre cidadania ao censo, ao cortar as vozes de imigrantes e das comunidades de cor. Isso é errado e vai contra os nosso valores fundamentais enquanto nação;, escreveu Biden no Twitter, em reação ao recenseamento previsto para 2020. A Suprema Corte dos EUA proibiu a Casa Branca de acrescentar a pergunta sobre a nacionalidade do cidadão.

Na terça-feira, Sanders também tinha comentado a foto de pai e filha salvadorenhos mortos na fronteira. ;Essas mortes dizem respeito a um sistema de imigração fracassado. Em vez de demonizar os imigrantes, Trump deveria se reunir com os líderes da América Central para encontrar maneiras de acabar com a terrível violência e a pobreza, as quais forçam as pessoas a fugirem de sua terra natal;, comentou o senador por Massachussets.

O Partido Democrata apresentou um número recorde de pré-candidatos: 24. Na véspera, durante a primeira rodada de debates, os democratas debateram a crise migratória, o porte de armas, o impasse com o Irã e o aquecimento global, entre outros assuntos. ;A maior ameaça é Donald Trump, sem dúvida;, respondeu o governador Jay Inslee à pergunta sobre o principal desafio dos Estados Unidos. A situação dos centros de detenção de imigrantes também dominou a primeira noite de debate, depois que uma organização não governamental revelou as condições sórdidas em que vivem mais de 250 menores estrangeiros no Texas.

O ex-secretário da Habitação de Barack Obama, Julián Castro, que deseja ser o primeiro presidente hispânico dos Estados Unidos, disse que, se eleito, vai descriminalizar a entrada de imigrantes e eliminar a política de ;tolerância zero; de Donald Trump.

A senadora e ex-procuradora Amy Klobuchar disse estar de acordo com a proposta de Castro, mas defendeu a adoção de medidas para evitar a entrada de traficantes e outros criminosos. ;Os imigrantes não prejudicam os Estados Unidos. Eles são os Estados Unidos;, destacou Klobuchar. O senador Cory Booker afirmou que, como presidente, garantirá que o bureau de migração e a patrulha da fronteira não violem os direitos humanos.

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