Mundo

Tubo de ensaio Fatos científicos da semana

postado em 29/06/2019 04:15

Segunda-feira, 24
Interesse sem conhecimento

Pesquisa realizada por especialistas do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (Fiocruz) e da Casa de Oswaldo Cruz apresenta resultados díspares. Foram ouvidos aproximadamente 2 mil jovens, com idades entre 15 e 24 anos, que opinaram sobre a situação da ciência no país. Para 51% dos entrevistados, as pesquisas no país estão atrasadas. A maioria se disse interessada nos diversos temas científicos ; 80% em assuntos ambientais, 74% em saúde e 67% em tecnologia e ciência. Entretanto, 93% não souberam dizer o nome de sequer um cientista brasileiro, enquanto 87% desconhecem instituições envolvidas em pesquisas. Os jovens destacaram dificuldades para verificar a veracidade de dados sobre ciência e tecnologia, relatando ;angústia e insegurança;. ;A confiança em conseguir identificar notícias falsas depende fortemente do grau de consumo de informação científica e dos hábitos culturais;, ressalta o artigo.


Terça-feira, 25
De volta à Terra

Ao fim de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), a astronauta da Nasa Anne McClain, o veterano cosmonauta Oleg Kononenko, da Roscosmos, e David Saint-Jacques, da Agência Espacial Canadense, pousaram nas estepes do Cazaquistão. Os três tocaram o solo às 2h47 GMT (23h47 em Brasília), concluindo a primeira viagem à ISS após um lançamento fracassado em outubro, que gerou dúvidas sobre o programa espacial russo. O canal de televisão russo Rossiya 24 transmitiu imagens ao vivo da aterrissagem. Minutos depois, as equipes de resgate começaram a retirar a tripulação da Soyuz da cápsula de descida. Durante a sua missão, os integrantes da 59; expedição à ISS orbitaram o planeta num total de 3.264 vezes, cobrindo uma distância de quase 140 milhões de quilômetros. Eles participaram de cinco caminhadas espaciais, duas do programa russo e três do programa americano. Três membros da tripulação permanecem na plataforma orbital: o russo Aleksey Ovchinin e os americanos Christina Koch e Nick Hague.

Quarta-feira, 26


Invasão robótica no mercado de trabalho
Estudo realizado pela Oxford Economics, uma empresa britânica privada de investigação e consultoria, prevê que em 2030 os robôs vão ocupar mais de 20 milhões de empregos industriais em todo o mundo, agravando as desigualdades sociais e geográficas, mas impulsando a produção econômica geral. O trabalho destaca as crescentes preocupações sobre a automatização e os robôs que, apesar de oferecer benefícios econômicos, estão eliminando de forma desproporcional empregos de baixa qualificação, agravando a situação social e econômica. Segundo as estimativas, o deslocamento de empregos ocasionado pelo aumento dos robôs não se distribuirá uniformemente no mundo nem dentro dos países. De toda forma, a Oxford Economics concluiu que, em regiões com menos qualificações, a perda de empregos dobrará em relação às que têm maiores capacidades profissionais, inclusive em um mesmo país. ;Os trabalhos que requerem funções repetitivas são os mais afetados;, escreveram os autores.

O dino paranaense
Um tipo até agora desconhecido de dinossauro carnívoro, com pouco mais de um metro e meio de comprimento e que viveu há 90 milhões de anos, foi identificado no Paraná. Encontrado no município de Cruzeiro do Oeste, o Vespersaurus paraensis foi batizado em homenagem ao estado: vesper, oeste ou entardecer em latim. As pesquisas sobre o fóssil foram realizadas por especialistas da Universidade de São Paulo, da Universidade Estadual de Maringá, do Museu Argentino de Ciências Naturais e do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste. Segundo o paleontólogo Max Langer, à frente do estudo, foi fácil classificar a nova espécie uma vez descoberta porque tem uma característica única: ;uma garra do pé em forma de lâmina que utilizava na captura de pequenas presas;. Pelo que foi constatado, o Vespersaurus paraensis pertence à linhagem dos terópodes, grupo dos dinossauros carnívoros bípedes, que também inclui os famosos tiranossauro e velociraptor.

Quinta-feira, 27
Fotos que matam


Sensação na última década, as selfies mataram cinco vezes mais pessoas do que os ataques de tubarão, entre outubro de 2011 e novembro de 2017, segundo a publicação indiana Journal of Family Medecine and Primary Care. E a tendência aumenta, com o surgimento de acessórios e a sofisticação crescente dos smartphones. Nos 73 meses pesquisados, pelo menos 259 pessoas morreram se fotografando em diferentes lugares no mundo, cinco vezes mais que os 50 mortos em ataques de tubarão. Embora as mulheres tirem mais selfies, são os homens jovens, com predisposição a comportamentos de risco, que respondem por três quartos das estatísticas de letalidade. Eles morrem em colisões, afogamentos, quedas ou acidentes com armas de fogo. A Índia, com seus 800 milhões de celulares, detém o recorde mundial de morte por selfies nesse período ;159. É seguida por Rússia, Estados Unidos e Paquistão.


Sexta-feira, 28
Deslocamento no Louvre

A partir do próximo dia 16, a Mona Lisa, obra icônica de Leonardo da Vinci, será excepcionalmente deslocada durante alguns meses dentro do Louvre, na França, para uma reforma na sala em que fica exposta. O quadro será transferido da Sala dos Estados para a Galeria Médicis, uma das mais amplas do museu. O público poderá observar a obra a partir do dia seguinte em uma vitrine climatizada, similar à que ocupa atualmente. Desde 2014, o museu passa por uma grande reforma para melhorar a gestão do fluxo ; mais de 10 milhões de visitantes em 2018 ; e se adequar às novas normas de segurança.

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