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EUA: 'congelamento' da atividade nuclear norte-coreana é insuficiente

O governo de Donald Trump não se conforma com um ''congelamento'' do programa nuclear da Coreia do Norte

Agência France-Presse
postado em 01/07/2019 15:51
O governo de Donald Trump não se conforma com um ''congelamento'' do programa nuclear da Coreia do NorteA Casa Branca negou nesta segunda-feira (1;) que o governo de Donald Trump poderá se conformar com um "congelamento" do programa nuclear da Coreia do Norte, como informa o jornal "The New York Times".

"Nem o Conselho de Segurança Nacional nem eu temos falado ou ouvido nada sobre nos conformar com um congelamento (do programa) nuclear por parte da Coreia do Norte", tuitou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, indicando que leu o artigo com "curiosidade".

"Essa foi uma tentativa repreensível de alguém de encurralar o presidente. Deveria ter consequências", acrescentou.

Na matéria publicada nesta segunda-feira, baseada em uma fonte anônima, o jornal americano assegura que a administração de Trump aventa essa possibilidade há várias semanas.

Essa abordagem, que segundo o "Times" poderia servir de base para as novas negociações prometidas pelos dois países, "equivaleria a um congelamento nuclear que essencialmente respaldaria um ;status quo; e aceitaria tacitamente a Coreia do Norte como uma potência nuclear".

No domingo, Trump e o líder Kim Jong-un concordaram em retomar dentro de algumas semanas as negociações bilaterais sobre o programa nuclear norte-coreano.

Os dois tiveram uma histórica reunião na Zona Desmilitarizada, a famosa "DMZ" que separa as duas Coreias desde 1953, quando o violento conflito na península da Coreia foi suspenso com um armistício.

Os Estados Unidos têm insistido na desnuclearização completa da Coreia do Norte como uma condição para eliminar as sanções de Washington.

A falta de acordo sobre uma suspensão das medidas punitivas por parte de Washington e o que Pyongyang está disposto a dar em troca levaram ao fracasso da segunda cúpula entre Trump e Kim, celebrada em fevereiro passado em Hanói.

O presidente americano está sob pressão já que, após três encontros diretos com Kim, ainda não obteve nenhum compromisso do regime norte-coreano neste aspecto.

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