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América Latina atingirá sua população máxima em 2058, diz Cepal

Serão 767,5 milhões de habitantes, antes de iniciar uma queda, devido a uma menor taxa de fertilidade

Agência France-Presse
postado em 11/07/2019 22:38
várias pessoas juntasA população da América Latina e do Caribe atingirá seu nível máximo em 2058, com 767,5 milhões de habitantes, antes de iniciar uma queda, devido a uma menor taxa de fertilidade, indica um estudo divulgado nesta quinta-feira (11) em Santiago pela Cepal.

O crescimento cada vez menor da população levará a região a atingir seu ponto máximo em 2058, e um ano depois "se projeta uma diminuição da população regional devido, principalmente, à queda da fertilidade e aos saldos migratórios negativos", indica a análise da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

A região marcou seu crescimento anual máximo com quase 8,2 milhões de pessoas no quinquênio 1985-1990, mas a partir de 1990 o aumento começou a diminuir até o ritmo atual, de cerca de seis milhões de pessoas ao ano.

No processo de transição demográfica "sobressai a acelerada queda da fertilidade, que foi precedida pela redução sustentada da mortalidade (...) o que hoje reflete em uma expectativa de vida ao nascer de 75,2 anos e uma taxa global de fertilidade de dois filhos por mulher", acrescenta o documento.

Para o período 2020-2025 se projeta que a população dependente, menores de 15 anos e maiores de 65 anos, crescerá mais que a população em idade ativa, de 15 a 64 anos.

O "fim do bônus demográfico" será vivido junto a um processo de envelhecimento da população que levará a que em 2047 as pessoas de 65 anos ou mais superem os menores de 15.

"Na região, projeta-se que um de cada cinco habitantes será uma pessoa maior de 65 anos em 2050", segundo a análise.

Em termos de expectativa de vida ao nascer, a região (75,2 anos), está abaixo da América do Norte (79,2), Europa (78,3) e Oceania (78,4), e acima da Ásia (73,3) e África (62,7).

Quanto à migração, a Cepal destaca o aumento dos movimentos intrarregionais, destacando-se a saída de residentes do Haiti e a onda migratória de pessoas a partir da Venezuela.

"Estima-se que no período 2015-2020 o saldo migratório da Venezuela é de 3,3 milhões de pessoas e que, dentro da região, os países receptores destes migrantes foram Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru", conclui o informe.






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