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Sanções à Venezuela por tortura

postado em 12/07/2019 04:22
Manifestante carrega placa com a foto de Rafael Acosta: morte na prisão
Os Estados Unidos anunciaram ontem a aplicação de sanções à Direção Geral de Contra-Inteligência Militar (DGCIM) da Venezuela após a morte por suposta tortura do militar Rafael Acosta, preso naquele centro sob acusação de conspirar contra o presidente Nicolás Maduro. ;A prisão por razões políticas e a morte trágica do capitão Rafael Acosta foram injustificadas e inaceitáveis;, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, ao anunciar a medida. As sanções implicam o bloqueio de todos os ativos que a DGCIM tem direta ou indiretamente sob a jurisdição dos Estados Unidos, bem como a proibição de qualquer transação legal envolvendo indivíduos e entidades americanas.

O Departamento do Tesouro está comprometido a ;pôr fim ao tratamento desumano; do governo de Maduro em relação a seus opositores, ressaltou Mnunchin, por meio de um comunicado. Acosta morreu em 29 de junho sob custódia da DGCIM. O capitão da Marinha venezuelana tinha sido preso em 21 de junho, vinculado a um suposto plano para matar Maduro. Dado por desaparecido durante uma semana, foi apresentado em 28 de junho diante de um tribunal militar em cadeira de rodas, incapaz de falar e com sinais de tortura. O juiz ordenou sua transferência a um hospital militar, onde morreu horas depois. A morte de Acosta ;é somente a demonstração mais recente de brutalidade implementada por uma agência conhecida por seus métodos violentos;, disse o Tesouro, indicando que o uso da tortura por parte da DGCIM foi detalhado pelo Escritório da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, assim como pela Organização dos Estados Americanos e a ONG Human Rights Watch.

Mesa de negociações
O governo e a oposição da Venezuela concordaram em estabelecer uma mesa de trabalho permanente para tentar resolver a crise política, sem perspectivas de uma nova eleição presidencial ; o objetivo dos adversários de Maduro. Delegados do preidente e do líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país e reconhecido no cargo por 50 de países, concluíram em Barbados uma reunião iniciada na segunda-feira. ;Como parte deste processo, foi instalada uma mesa que vai trabalhar de forma contínua e expedita, com a finalidade de chegar a uma solução acordada e no âmbito das possibilidades que a Constituição oferece;, destacou o ministério norueguês dos Assuntos Exteriores em um comunicado. A Noruega é o país mediador desse processo.

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