Agência France-Presse
postado em 12/07/2019 19:48
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, defendeu nesta sexta-feira (12/7) a pressão dos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro como algo "fundamental" para o sucesso do diálogo visando resolver a crise na Venezuela. O diálogo entre o governo e a oposição, que negociaram esta semana sob a mediação da Noruega em Barbados, depende da campanha de "sanções" e de "ameaças críveis" dos Estados Unidos para forçar uma mudança do regime em Caracas, declarou Almagro ao lado do representante especial dos EUA para a crise venezuelana, Eliott Abrams.
"Por mais que se negocie na mesa, se algo sair de lá será por fatores externos, como a pressão de sanções e outras ameaças críveis por parte da administração dos Estados Unidos", assinalou Almagro em coletiva na sede da OEA.
"Quando começa um processo de diálogo não se pode reduzir a pressão, interna ou externa, sobre a ditadura. É preciso aumentá-la, porque os resultados vão depender do aumento da pressão".
O secretário-geral da OEA disse que o "processo Oslo-Barbados" requer "essencialmente" a pressão de Washington sobre os elementos que "oprimem o povo venezuelano", em particular "o fator cubano".
"Enquanto entre 15 mil e 22 mil cubanos estiverem na Venezuela é impensável o retorno da democracia ao país...", avaliou Almagro.