postado em 13/07/2019 04:06
; Segunda-feira, 8
Sem rotas de fuga
Estudo publicado na revista Nature Climate Change alerta para os efeitos perversos do desmatamento tropical sobre a vida animal. Em nível galopante, o desflorestamento, combinado com a mudança climática, impede que as espécies selvagens se desloquem para áreas mais frescas, aumentando o risco de extinção. ;Não só a perda de floresta suprime o habitat, mas torna cada vez mais difícil o deslocamento das espécies;, atesta a pesquisa. Segundo os especialistas, menos de dois quintos das florestas da América Latina, Ásia e África têm condições favoráveis para que animais e plantas escapem dos aumentos de temperatura potencialmente intoleráveis. ;O desaparecimento das florestas tropicais entre 2000 e 2012 levou à perda de uma extensão superior ao tamanho da Índia que protegia as espécies dos efeitos da mudança climática;, assinala Rebecca Senior, professora na Universidade de Sheffield.
; Terça-feira, 9
Laços de família
Os gorilas formam laços sociais de uma maneira muito semelhante aos humanos, incluindo grupos de velhos amigos e membros da família, mostra um estudo da Universidade de Cambridge. Esses animais são conhecidos por formar pequenas unidades familiares compostas por um macho dominante e várias fêmeas com filhos. Mas a nova análise de dados, coletados em anos de trocas sociais entre centenas de espécimes de gorila-ocidental-das-terras-baixas, sugere que as relações são bem mais complexas. Publicada na revista Proceedings of the Royal Society B, a pesquisa mostra que esses primatas formam uma camada social de ;família estendida; composta de 13 indivíduos em média. Havia também grupos mais amplos, com em média 39 gorilas, onde os animais interagiam consistentemente uns com os outros, apesar de não serem parentes. Além disso, a equipe descobriu indícios de uma camada social ainda mais ampla, semelhante a um encontro anual ou a festivais em sociedades humanas, onde dezenas de gorilas se reúnem para comer frutas.
; Quarta-feira, 10
Superbactérias em gaivotas
As gaivotas prateadas australianas escondem uma grande ameaça. Segundo estudo coordenado por cientistas da Universidade Murdoch de Perth, essas aves são portadoras de superbactérias resistentes aos antibióticos. De acordo com a pesquisa, publicada pelo Journal of Antimicrobial Chemotherapy, quase 20% delas estariam infectadas. Os pesquisadores estão certos de que as gaivotas foram infectadas ao entrar em contato com excrementos humanos, provavelmente por meio da água de esgoto ou fraldas de bebês descartadas. ;Ou seja, elas foram contaminadas, de uma maneira outra, por humanos. Não eram bactérias de gaivotas;, assinalou Mark O;Dea. ;O que encontramos, e não esperávamos encontrar, foram elevados níveis de E. Coli resistentes, algo muito incomum;, disse, referindo-se à bactéria que pode provocar infecções urinárias, meningite ou septicemia.
; Quinta-feira, 11
AI faz jogada de mestre no pôquer
Os programas de inteligência artificial (AI) superaram jogadores humanos nos tabuleiros de dama e de xadrez. Também venceram no pôquer entre dois jogadores. Mas havia dúvidas sobre o desempenho que teria no carteado diante de vários oponentes. Não mais. Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon anunciaram que seu programa, o Pluribus, derrotou um grupo de seis jogadores profissionais em uma partida de Texas Hold;em. O resultado foi relatado na revista americana Science. ;Pluribus conseguiu um rendimento sobre-humano no pôquer multijogador, o que é um marco reconhecido em inteligência artificial e em teoria de jogos;, disse Tuomas Sandholm, professor de informática em Carnegie Mellon. O programa primeiro derrotou dois grandes campeões de pôquer, Darren Elias e Chris Ferguson, que jogaram 5 mil mãos cada um contra ele. Em seguida, Pluribus enfrentou 13 profissionais em um experimento separado, cinco ao mesmo tempo.