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UE ameaça impor novas sanções

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 17/07/2019 04:05

Se não houver avanços positivos nas discussões entre representantes de Nicolás Maduro e de Juan Guaidó, novas sanções serão impostas a Caracas, advertiu ontem a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini. Chavistas e opositores ao regime venezuelano estão reunidos desde segunda-feira, em Barbados, sob mediação da Noruega, para buscar saídas à grave crise política que atinge o país.

;Caso não obtenham resultados concretos nas negociações em curso, a UE ampliará ainda mais as medidas restritivas;, advertiu Federica Mogherini, em um comunicado em nome dos países europeus. Na nota, o bloco exaltou a retomada das conversações como um ;canal para superar a crise;, mas pediu ;com urgência um resultado que permita eleições transparentes e supervisionadas internacionalmente;.

As reações ao alerta de Mogherini não tardaram. E foram em direções opostas. Reconhecido como presidente venezuelano interino por cerca de 50 nações, Juan Guaidó agradeceu à União Europeia pela ;clareza; adotada para pressionar a ;ditadura;, como define o governo de Maduro.

Já o governo venezuelano acusou o bloco europeu de contrariar o ;bom espírito de abordagem; promovido pelo assessor especial da UE, Enrique Iglesias, que está na Venezuela desde 7 de julho representando o Grupo de Contato. ;O governo bolivariano exorta novamente a União Europeia a manter uma posição de respeito e equilíbrio construtivo, bem como desistir de suas tentativas de impedir os mecanismos pacíficos de solução que são realizados neste momento;, realçou a chancelaria venezuelana, em um comunicado.

A União Europeia, que desde 2017 anunciou sanções contra 18 funcionários venezuelanos e impôs um embargo de armas ao país, também expressou a disposição de trabalhar para a adoção de novas medidas punitivas para ;os membros das forças de segurança envolvidos em torturas e outras violações graves dos direitos humanos;. Na véspera, o chanceler espanhol, Josep Borrell, pediu ações contra esse grupo, tendo como base o relatório da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que detalhou graves violações.

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