postado em 23/07/2019 04:21
O presidente Jair Bolsonaro negou ter conversado por telefone com o colega norte-americano Donald Trump sobre a retenção dos navios graneleiros iranianos MV Bavand e MV Termeh no porto de Paranaguá (PR). A Petrobras se recusa a fornecer combustível para as embarcações seguirem viagem, sob a justificativa de que correria o risco de a estatal ser incluída na lista de empresas sancionadas pelos Estados Unidos por fazerem negócios com o Irã. ;Sabe que nós estamos alinhados à política deles. Então fazemos o que tem que fazer;, afirmou Bolsonaro, ao citar o governo de Trump.
Na sexta-feira, o brasileiro tinha afirmado que estava se aproximando ;cada vez mais; do magnata republicano. ;O Brasil é um país que não tem conflito em nenhum lugar do mundo. (;) Pretendemos manter nessa linha, mas entendemos que outros países têm problemas e nós, aqui, temos que cuidar dos nossos em primeiro lugar.; Bolsonaro, na ocasião, disse que avisou às companhias brasileiras sobre os perigos envolvendo o intercâmbio comercial com Teerã. ;Existe esse problema, os EUA, de forma unilateral, têm embargos levantados contra o Irã. As empresas brasileiras foram avisadas por nós desse problema e estão correndo risco nesse sentido;, comentou o brasileiro.
O MV Bavand e o MV Termeh estão fundeados a 20km da costa brasileira. O primeiro está com 48 mil toneladas de milho, enquanto o segundo aguarda a carga. A decisão da Petrobras despertou o temor de que as sanções norte-americanas afetem diretamente exportadoras do Brasil. O Irã é o terceiro maior importador de carne brasileira e o destino de um quinto do milho exportado pelo Brasil. Os dois países fizeram um comércio bilateral com lucros de US$ 1,27 bilhão para o mercado brasileiro no primeiro semestre deste ano. A Petrobras sugeriu às embarcações que busquem fornecedoras privadas de combustível para continuarem com a viagem até o Irã.
;Sabe que nós estamos alinhados à política deles. Então fazemos
o que tem que fazer;
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil