postado em 23/07/2019 04:21
O japonês Yukiya Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que sofria de problemas de saúde, morreu ontem aos 72 anos. ;O secretariado da AIEA lamenta informar com profunda tristeza o falecimento do seu diretor-geral Yukiya Amano;, anunciou a agência das Nações Unidas, que não forneceu detalhes sobre as circunstâncias de sua morte. O diplomata comandava há dez anos a agência atômica, responsável em particular pelo monitoramento dos compromissos do Irã sob o acordo nuclear de 2015.
Abbas Araghchi, vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, foi um dos primeiros líderes internacionais a prestar uma homenagem às ;competências profissionais; e à ;habilidade; de Yukiya Amano. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ;admirar sua sabedoria e visão; e sua ;capacidade de tomar decisões esclarecidas nas circunstâncias mais difíceis;. Para a missão diplomática americana na AIEA, Amano era ;muito respeitado como líder e um diplomata eficaz;.
Ele estava completando o terceiro mandato, que terminaria em novembro de 2021, mas deveria anunciar sua saída antecipada em março de 2020 por motivos de saúde. Na carta que ele deveria enviar aos representantes da AIEA para anunciar sua partida, o diplomata saudou os ;resultados concretos; obtidos durante o mandato ;para alcançar o objetivo, ;o átomo para a paz e o desenvolvimento;;, e se disse ;muito orgulhoso das realizações; da agência, de acordo com o comunicado oficial.
Com sede em Viena, a AIEA terá que organizar a sucessão enquanto se vê envolvida no monitoramento do programa nuclear iraniano. Em resposta à retirada dos EUA do acordo nuclear de 2015, Teerã começou, no início de julho, a abandonar certas obrigações relativas ao seu programa nuclear.
A nomeação do chefe da AIEA é decidida pelos 35 Estados membros do conselho de governadores da agência, incluindo os países mais avançados em tecnologia nuclear. Entre os favoritos para sucedê-lo, estão o romeno Cornel Feruta, colaborador próximo de Amano no cargo de coordenador-chefe do escritório do diretor-geral, e Rafael Grossi, embaixador argentino na AIEA.