postado em 25/07/2019 04:06
Foi com mais do que os votos protocolares de sucesso para o sucessor que Theresa May se despediu do cargo que ocupou por cerca de três anos, com a missão (inconcluída) de conduzir o país para o Brexit. Depois de comparecer pela última vez ao parlamento para a sessão semanal em que o chefe de governo responde aos deputados, a premiê demissionária entregou a renúncia formal à rainha, no Palácio de Buckingham, e fez um discurso final à nação diante da residência oficial de Downing Street.
Ao lado do marido, Philip, May agradeceu ;a todos os colaboradores; do seu governo e desejou êxito a Boris Johnson, seu maior desafeto no Partido Conservador, e à nova equipe. ;O sucesso deles será o sucesso do país;, afirmou. Depois de reiterar que ter sido primeira-ministra foi ;a maior honra; de sua carreira política, ela dirigiu uma mensagem às mulheres que iniciam sua participação na vida pública. ;Este é um país de aspirações e oportunidades;, discursou. ;Espero que cada jovem garota que tenha visto uma mulher como primeira-ministra saiba, agora, que não há limites para o que ela pode conquistar.;
Antes de May, a pioneira no comando feminino de um gabinete marcou época. Margaret Thatcher, também conservadora, governou o Reino Unido de 1979 a 1990 ; o período mais longo para qualquer político no século 20. Dobrou sindicatos, enfrentou a ditadura militar argentina na Guerra das Malvinas (1982) e honrou o apelido de Dama de Ferro.
Na saída, Philip May foi interpelado por um manifestante que gritou ;parem o Brexit;, mas manteve a fleugma britânica. ;Acho que a resposta a isso;, emendou, ;é: ewu acho que não;.