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Vídeos propagam conteúdos falsos

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 25/07/2019 04:06
Cientistas avaliaram gravações compartilhadas no YouTube
Usar o YouTube para aprender sobre tópicos relacionados a mudanças climáticas quase sempre vai expor o usuário a conteúdos que se opõem ao consenso científico mundial sobre o assunto, mostra um estudo publicado no Frontiers in Communication. A pesquisa também revela que alguns termos científicos, como a geoengenharia, foram ;sequestrados; por teóricos da conspiração.

Os autores do estudo afirmam que os cientistas poderiam neutralizar essa realidade formando alianças com YouTubers famosos, políticos e pessoas influentes da cultura popular, garantindo que conteúdos cientificamente precisos alcançassem o público mais amplo possível.

;Pesquisando no YouTube os termos relacionados à ciência climática e à engenharia climática, menos da metade dos vídeos representa a visão científica dominante;, diz o autor do estudo, Joachim Allgaier, pesquisador sênior da RWTH Aachen University. ;É alarmante descobrir que a maioria dos vídeos propaga teorias conspiratórias sobre ciência e tecnologia do clima;.

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Cerca de 2 bilhões de usuários conectados ; metade do mundo on-line ; visitam o YouTube todos os meses, e pesquisas mostram que os usuários o veem como uma plataforma para aprender sobre ciência, saúde e tecnologia. Allgaier queria saber se as informações encontradas pelos usuários da plataforma de compartilhamento, ao buscarem informações científicas sobre mudanças climáticas e mudanças climáticas, representavam visões cientificamente precisas.

;Até agora, a pesquisa se concentrou nos vídeos mais assistidos, verificando sua precisão científica, mas isso não nos diz o que um usuário médio da internet encontrará, já que os resultados são influenciados por pesquisas anteriores e históricos de exibição. A fim de evitar a personalização dos resultados, usei a ferramenta de anonimização TOR;, conta o pesquisador.

Empregando 10 termos de pesquisa relacionados à mudança climática, Allgaier analisou 200 vídeos e descobriu que a maioria se opunha ao consenso científico mundial, conforme detalhado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU.

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