postado em 01/08/2019 04:06
Funcionários do governo americano, que não quiseram se identificar, confirmaram ontem para o jornal The New York Times que Hamza bin Laden, filho do falecido líder da rede terrorista Al-Qaeda, foi morto em uma operação militar na qual os Estados Unidos ;tiveram um papel;. As fontes não precisaram quando nem onde o suposto herdeiro potencial de Osama bin Laden no comando do grupo teria morrido ; apenas que isso ocorreu em 2017 ou 2018. Questionado pela imprensa, o presidente Donald Trump não quis comentar a notícia.De acordo com o Times, a morte de Hamza foi confirmada recentemente, depois de o Departamento de Estado ter anunciado, em fevereiro, uma recompensa de US$ 1 milhão por informações sobre o seu paradeiro. Na ocasião, ele foi descrito como um líder ;emergente; na Al-Qaeda, comandada pelo egípcio Ayman al-Zawahiri desde a morte de Osama, em 2011.
Apesar do sobrenome, e de ser visto como o filho preferido do líder terrorista, Hamza não era considerado por ora uma ameaça de grande porte ; inclusive porque a Al-Qaeda não conduziu nos últimos anos nenhuma ação de maior envergadura. Surgida no Afeganistão, nos anos 1980, durante a resistência à ocupação soviética, a rede comandada por Bin Laden passou a combater a presença militar americana na região. Ganhou fama mundial com os atentados de 11 de setembro de 2001, quando usou aviões comerciais sequestrados para derrubar as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e atingir o Pentágono, em Washington.
Documentos obtidos pelos serviços de inteligência dos EUA no bunker onde Osama foi morto, no Paquistão, indicaram que estava preparando o filho para assumir futuramente o comando da organização. Hamza, com idade na casa dos 30 anos, casou-se com a filha de um dirigente da Al-Qaeda. Neste ano, o jornal oficial saudita Um al-Qura informou que o reino tinha revogado a sua cidadania.