postado em 06/08/2019 04:05
Os registros de temperaturas recordes neste ano sinalizam que 2019 deverá ser considerado um dos mais quentes da história moderna, segundo especialistas. Dados divulgados pelo serviço europeu Copernicus sobre a mudança climática mostram que julho foi o mês mais quente no mundo desde que se começou a medir as temperaturas. O valor foi 0,04;C superior ao de julho de 2016, marcado pela influência do fenômeno climático El Niño.
;Julho é geralmente o mês mais quente do ano no mundo, mas, segundo nossos dados, (o deste ano) foi o mais quente desde que se começou a fazer as medições. Com a continuidade das emissões de gás de efeito estufa e o impacto no aumento mundial das temperaturas, continuaremos batendo recordes;, alerta, em comunicado, Jean-No;l Thépaut, chefe do serviço europeu.
A temperatura registrada em julho representa quase 1,2;C acima do nível pré-industrial, base de referência dos especialistas das Nações Unidas sobre o clima. Outra referência internacional de medição, o serviço meteorológico (NOAA) dos Estados Unidos ainda não publicou seus dados sobre julho deste ano.
No entanto, as duas recentes ondas de calor na Europa evidenciam a ocorrência de temperaturas que fogem do que as populações estão acostumadas. No último dia 25, vários países europeus registraram recordes de calor: Alemanha (42,6;C), Bélgica (41,8;C), Luxemburgo (40,8;C), Holanda (40,7;C) e Reino Unido (38,7;C), por exemplo. No fim do mesmo mês, Paris bateu seu recorde histórico, com uma temperatura de 42,6;C, contra 40,4;C em 1947.
Segundo o Copernicus, as temperaturas também estiveram acima do normal no Alasca, na Groelândia e em partes da Sibéria, assim como na Ásia central e em algumas regiões da Antártica. Em meados de julho, o termômetro atingiu 21;C em Alert, o lugar habitado mais setentrional do mundo, a menos de 900km do Polo Norte, estabelecendo um ;recorde absoluto; de calor para essa base militar canadense.