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Maior protesto por eleições livres

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 11/08/2019 04:05
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram, ontem, para exigir eleições livres para a legislatura municipal de Moscou. A manifestação é considerada o maior protesto desde o surgimento do movimento contra a exclusão de 60 candidatos independentes nas eleições locais de 8 de setembro. Há quatro semanas consecutivas, as ruas da capital são ocupadas por um número maior manifestantes, apesar da dura resposta das autoridades e da ausência da maioria dos líderes da oposição, praticamente todos presos.

Segundo o grupo de monitoramento White Counter, 60 mil pessoas compareceram ao protesto de ontem. A polícia de Moscou contabilizou 20 mil e informou que 136 pessoas foram detidas ;por violarem a lei durante um ato não autorizado no centro; da capital. Os manifestantes tinham aval para ocupar uma avenida da cidade durante duas horas, mas centenas deles decidiram dar prosseguimento ao protesto em frente à sede presidencial, onde havia grande presença policial.

Pessoas exibiam cartazes pedindo o direito ao voto livre, enquanto outras agitavam bandeiras russas e mostravam fotografias de ativistas detidos em outras manifestações. Nas duas anteriores, foram presas cerca de 2.400 pessoas. A repressão também é refletida nas perseguições de oponentes. Entre os líderes da oposição liberal, a única que se livrou da prisão foi a jovem advogada Liubov Sobol, ainda em liberdade porque tem um filho pequeno. ;Eu não posso ir ao comício. Mas vocês sabem o que fazer sem mim. Tenho orgulho de todos aqueles que saíram às ruas;, postou ela, ontem, em sua conta no Twitter.



Admitida explosão com cárater nuclear
Moscou reconheceu, após dois dias de silêncio, que a explosão ocorrida na última quinta-feira em uma base de lançamento de mísseis próxima do Ártico teve um caráter nuclear. Em comunicado, a agência nuclear russa anunciou que cinco membros do seu quadro morreram na explosão e outras três pessoas sofreram queimaduras. Autoridades militares não informaram sobre a possível presença de combustível nuclear no acidente

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