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Surge suspeita de que magnata foi assassinado

postado em 12/08/2019 04:05
Jeffrey Epstein era acusado de abuso e tráfico sexual de menores

Novas informações sobre os últimos dias do bilionário Jeffrey Epstein em uma prisão de segurança máxima alimentam as suspeitas de que o empresário que esperava julgamento para acusações de abuso e tráfico sexual de menores não teria se matado, como divulgou o Departamento de Justiça americano. Crescem as suspeitas de que Epstein pode ter sido assassinado, uma vez que, durante o seu processo judicial, celebridades e políticos de quem ele era amigo poderiam se tornar alvo da Justiça ou de embaraços.

O presidente americano, Donald Trump, que era amigo do magnata, encorajou, no Twitter, essa avalanche de especulações sobre um possível assassinato, reunidas na hashtag #EpsteinMurder. Na noite de sábado, Trump divulgou um vídeo, publicado pelo ator Terrence Williams, dizendo que Epstein tinha informações sobre Bill Clinton e sugerindo que isso teria relação com a sua morte.

As dúvidas quanto a um assassinato foram reforçadas ontem, após informações divulgadas pelo The New York Times sobre como Epstein vivia no Centro Correcional Metropolitano. Funcionários de prisões citados pelo jornal reconheceram que não foram respeitados alguns procedimentos, como as rondas a cada 30 minutos e a obrigatoriedade da presença de dois detentos em cada cela ; o magnata estava sozinho.

Risco de suicídio

Sem se render a teorias da conspiração, há pessoas que questionam por que Epstein não se beneficiou de uma vigilância mais rígida após uma suposta tentativa de suicídio em 23 de julho. ;Os pedófilos acusados de crimes federais apresentam alto risco de suicídio e requerem atenção especial;, indicou, no Twitter, o ex-subsecretário de Justiça Rod Rosenstein.

O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, anunciou a abertura de duas investigações sobre o caso. Uma será conduzida pelo FBI e a outra, pelo Departamento de Justiça. Epstein, que tinha 66 anos, estava preso no centro de segurança máxima desde 6 julho. A previsão é de que seu julgamento não ocorreria antes de junho de 2020. A pena prevista era de 45 anos de prisão.


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