Agência France-Presse
postado em 13/08/2019 09:32
Os meios de comunicação da China, controlados pelo governo comunista, pareciam competir nesta terça-feira (13) nos termos de ameaças contra os manifestantes de Hong Kong, justificando uma eventual intervenção para restabelecer a ordem.
A agência oficial Xinhua denunciou os "radicais violentos" que deixam Hong Kong "à beira de um abismo" e fez uma advertência contra qualquer concessão aos manifestantes.
O canal CCTV criticou "atos de violência extrema". "Estes elementos de Hong Kong que semeiam o caos são água barrenta na torrente da história, que será limpa", prometeu a emissora pública.
A imprensa estatal divulgou na segunda-feira um vídeo que mostrava veículos de transporte de tropas supostamente em direção a Shenzhen, na fronteira com Hong Kong.
"Se eles não se afastarem do precipício e continuarem avançando além do ponto crítico, o poder do Estado pode entrar em Hong Kong a qualquer momento", afirmou Hu Xijin, diretor de redação do jornal nacionalista Global Times.
Pequim enfrenta desde junho o desafio de enormes manifestações pela democracia em Hong Kong, a crise mais grave desde a devolução do território pelo Reino Unido em 1997.