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Militares dizem que na Venezuela não haverá golpe de Estado nem transição

Guaidó, que se proclamou presidente interino depois que o Legislativo declarou Maduro em usurpação do poder, quer um governo de transição que convoque novas eleições pois, na sua opinião, a reeleição de Maduro em 2018 foi fraudulenta

Agência France-Presse
postado em 13/08/2019 20:29
Guaidó, que se proclamou presidente interino depois que o Legislativo declarou Maduro em usurpação do poder, quer um governo de transição que convoque novas eleições pois, na sua opinião, a reeleição de Maduro em 2018 foi fraudulentaA Força Armada descartou nesta terça-feira (13) que na Venezuela possa ter um golpe de Estado ou um governo de transição, e criticou os opositores por estimular o bloqueio econômico dos Estados Unidos ao país petroleiro.

"Não vai haver nem golpe de Estado, nem governo de fato, nem transição alguma", assegurou o ministro da Defesa e comandante da Força Armada, Vladimir Padrino.

Em um ato em que altos comandos assinaram um memorando contra as novas sanções do presidente americano, Donald Trump, Padrino se referiu aos opositores que apoiam essas medidas como "traidores" que buscam quebrar o apoio militar ao presidente socialista, Nicolás Maduro.

"Aqui não vai instalar nenhum governo porque há uma Força Armada consciente de suas obrigações morais e constitucionais", disse o oficial, ressaltando que seus homens não são suscetíveis de "mudar-se de um lado para outro".

O líder parlamentar Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por meia centena de países liderados pelos Estados Unidos, tentou duas vezes romper a lealdade dos militares a Maduro: em 23 de fevereiro com a entrada fracassada de doações internacionais no país, e em 30 de abril com o motim de uma pequena tropa em Caracas.

Guaidó, que se proclamou presidente interino depois que o Legislativo declarou Maduro em usurpação do poder, quer um governo de transição que convoque novas eleições pois, na sua opinião, a reeleição de Maduro em 2018 foi fraudulenta.

Também justifica o bloqueio, que congelou os ativos venezuelanos nos Estados Unidos e prevê sanções para as empresas que negociem com Caracas, argumentando que pode colapsar o governo.

"Vamos defender a democracia, o presidente Nicolás Maduro que foi eleito pelo povo", ressaltou Padrino.

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