Agência Estado
postado em 17/08/2019 18:35
Centenas de manifestantes de extrema direita e, em posição oposta, grupos antifascistas, saíram às ruas de Portland, Estados Unidos, durante este sábado. A expectativa era de que as manifestações atraíssem simpatizantes de direita de todo o país. Os protestos de direita são organizados pelo "Garotos com orgulho", considerado um "grupo de ódio" pelo Centro de Direito sobre a Pobreza do Sul (SPLC, na sigla em inglês), organização que monitora "grupos de ódio" e outros extremistas nos Estados Unidos.
Durante o dia, oficiais informaram ter recolhido armas como bastões metálicos e de madeira, sprays e escudos de diversos grupos participantes. Há pouco, a polícia local divulgou ter prendido ao menos três pessoas, sem detalhar o que justificou a ação. Para tentar limitar o atuação dos dois grupos nos protestos, a polícia havia fechado ruas e instalado barreiras de concreto em determinados locais.
Um dos grupos de extrema direita que acompanham as manifestações, o The Oath Keepers, divulgou comunicando informando que não participaria do ato porque os organizadores não teriam feito o suficiente para manter grupos de supremacia branca afastados da iniciativa. "Seria melhor para a causa patriótica/conservadora se a manifestação fosse simplesmente cancelada", escreveu o fundador do grupo, Stewart Rhodes.
Mais de dez agências locais, estaduais e federais dos EUA, incluindo o FBI, enviaram representantes a Portland para acompanhar as manifestações. Durante o dia, o presidente norte-americano, Donald Trump, postou em seu perfil no Twitter que Portland estava sendo "observada muito de perto" e que desejava que o prefeito de Portland, Ted Wheeler, "conseguisse fazer seu trabalho corretamente".
Em entrevista à emissora CNN neste sábado, Wheeler disse que a situação era "potencialmente perigosa e volátil", mas que no início da tarde a maior parte dos grupos de extrema direita já tinha deixado a área onde estavam concentrados. Wheeler tem dito que grupos que pregam o ódio em ou se envolvem em violência não são bem-vindos na cidade. Fonte: Associated Press.