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Príncipe consternado com especulações

Correio Braziliense
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postado em 20/08/2019 04:05
Andrew aparece em vídeo na mansão de bilionário morto
A divulgação de um vídeo que mostra o príncipe Andrew da Inglaterra, em 2010, na mansão do bilionário Jeffrey Epstein, encontrado morto na prisão há 10 dias, abalou a realeza britânica. ;Sua Alteza Real deplora a exploração de qualquer ser humano e dar a entender que ele poderia tolerar, participar ou apoiar tais práticas é abominável;, assinalou o Palácio de Buckingham em um comunicado divulgado pela agência Press Association. Andrew se declarou ;consternado; com as acusações de abuso sexual no caso Epstein.

As imagens, divulgadas pelo jornal Daily Mail, no domingo, mostram o príncipe, filho da rainha Elizabeth II, cumprimentando uma mulher que deixava a residência de Epstein, em Nova York, há nove anos. O magnata foi preso e indiciado no início de julho, acusado de ter organizado, durante muitos anos, uma rede de dezenas de jovens sob seu controle, incluindo algumas estudantes do ensino médio, com as quais mantinha relações sexuais em suas diversas propriedades, principalmente em Manhattan e na Flórida.

O empresário foi encontrado morto em 10 de agosto em sua cela, enquanto aguardava julgamento pelas acusações de tráfico sexual de menores de idade e conspiração para cometer tráfico sexual de menores. O resultado da autopsia confirmou suicídio por enforcamento.

Epstein tinha um grande e destacado círculo de amizades, que, em determinados períodos, contou com o ex-presidente Bill Clinton, o presidente Donald Trump e Andrew. Virginia Giuffre, uma das supostas vítimas do esquema montado por Epstein, declarou em 2016 que teve relações sexuais com o príncipe britânico quando ela era menor de idade. O Palácio de Buckingham negou que ele tenha praticado qualquer comportamento inapropriado.

Substituição
O suicídio de Jefrey Epstein, na cela que ocupava no Centro Correcional Metropolitano de Nova York, motivou mudanças na estrutura de comando do sistema prisional norte-americano. Ontem, o procurador-geral dos Estados Unidos, Bill Barr, anunciou a substituição do chefe das prisões federais, em razão do episódio.

Kathleen Hawk Sawyer passará a ser diretora da Agência Federal de Prisões, substituindo Hugh Hurwitz, que ocupou o cargo interinamente nos últimos 15 meses. Experiente psicóloga especialista em detentos, Hawk Sawyer, na verdade, está retomando uma antiga função. Ela ocupou o cargo em 1992, nomeada pelo próprio Barr, exercendo a atividade até 2003.

A morte de Epstein gerou muitas especulações. O bilionário estava, supostamente, sob forte vigilância por conta de uma tentativa anterior de tirar a própria vida. Muitas pessoas chegaram a insinuar que ele teria sido assassinado para proteger as muitas personalidades importantes com quem ele se relacionava. O laudo da autópsia, porém, confirmou que ele se enforcou.

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