Agência France-Presse
postado em 21/08/2019 10:21
Pequim, China ; A China condenou, nesta quarta-feira (21/8), a venda pelos Estados Unidos a Taiwan de 66 caças F-16 e prometeu aplicar sanções contra as as empresas americanas envolvidas neste contrato.
"A China tomará todas as medidas necessárias para proteger seus interesses, incluindo a imposição de sanções a empresas americanas envolvidas nesta venda de armas a Taiwan", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Gen Shuang.
Os Estados Unidos anunciaram na terça a concessão desses dispositivos à ilha por um valor estimado em 8 bilhões de dólares, um mês após outra polêmica venda de armas.
As vendas acontecem em pleno clima de tensão entre Pequim e Washington após meses de guerra comercial. Este último contrato de venda é "uma séria interferência em nossos assuntos internos e prejudica nossa soberania e nossos interesses de segurança", afirmou o porta-voz chinês.
A República Popular da China considera Taiwan como uma das suas províncias. A ilha é dirigida por um regime rival que se refugiou no território depois que os comunistas chegaram ao poder no continente em 1949, após a guerra civil chinesa.
A ONU não reconhece Taiwan como um Estado independente. E Pequim ameaça usar a força se Taipé fizer uma proclamação formal da independência ou em caso de intervenção externa, especialmente de Washington.
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, disse na terça-feira que o presidente Donald Trump aprovou a venda, depois que o Congresso foi oficialmente informado na semana passada.
A China afirma que emitiu um protesto diplomático contra o acordo e pediu nesta quarta aos Estados Unidos que "renunciem imediatamente a esse projeto de venda de armas, deixem de vender armas a Taiwan e cortem os contatos militares" com a ilha.
Taiwan dispõe de uma frota de F-16s comprada em 1982. O acordo alcançado com Washington é para dispositivos mais recentes, equipados com armas e tecnologias modernizadas.