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Apelo contra a imigração irregular

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 23/08/2019 04:06
Crianças separadas dos pais em centro de detenção de ilegais na Flórida
Depois de pôr fim a uma normativa que limitava o tempo de reclusão de crianças em centros de detenção de imigrantes, os Estados Unidos pediram à América Central e à Colômbia maior cooperação para combater a migração irregular procedente de Ásia e África. Combater essa migração é ;um desafio regional;, pois as organizações criminosas ;que estamos tentando abordar são transfronteiriças;, declarou Kevin McAleenan, secretário interino de Segurança Interna dos Estados Unidos. ;A única maneira que podemos conseguir isso é colaborando, juntos, para compartilhar informação e ações concretas; que permitam ;expandir nosso impacto e abordar o fluxo extracontinental;, acrescentou.

As declarações de McAleenan foram dadas durante a inauguração de uma reunião com ministros de segurança e responsáveis de migração da América Central e da Colômbia, realizada no Panamá. Ele reconheceu que os desafios ;são diferentes; para cada país, mas se mostrou satisfeito com um maior apoio de Costa Rica, Panamá e Colômbia. ;Acho que, nos últimos dois meses, envolvendo Panamá, Costa Rica e Colômbia, houve um desenvolvimento muito positivo nesta discussão;, indicou. ;Ao ser um crime transnacional, devemos trabalhar de maneira conjunta. Não fazemos nada trabalhando cada um de maneira individual;, afirmou o diretor de Migração da Colômbia, Christian Krüger, que pediu atenção à migração procedente da Venezuela. ;Pode pôr a região em risco;, advertiu.

Menores
Em entrevista ao Correio, Cori Alonso-Yoder, especialista da Clínica de Justiça do Imigrante da Faculdade de Direito da American University (em Washington), previu que as taxas de detenção de ilegais aumentarão, após a decisão do governo norte-americano em relação aos menores. ;Os padrões das condições de detenção vão se deteriorar, e crianças ficarão mais vulneráveis a isso por tempo prolongado. Muitas famílias serão induzidas a abandonarem as solicitações de asilo e a retornarem a seus países. Para evitarem a captura, outras tomarão a decisão desesperada de escolher rotas mais perigosas para os Estados Unidos;, declarou.

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