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David Koch, 79 anos, bilionário americano

Correio Braziliense
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postado em 24/08/2019 04:05
Empresário impulsionou movimento conservador nos Estados Unidos
Morreu, aos 79 anos, o bilionário americano David Koch, um libertário e influente doador para causas da agenda conservadora, depois de uma longa batalha de 27 anos contra um câncer de próstata. ;Desejamos que todos celebrem a vida e o impacto deste homem tão generoso e amável. Acreditava que tinha a responsabilidade por um mundo que lhe deu tantas oportunidades de sucesso;, disse Charles Koch ao anunciar a morte do irmão, por meio de um comunicado.

Com o agravamento de seu estado de saúde, Koch se afastou dos negócios no ano passado, deixando a vice-presidência da Koch Industries, o conglomerado do qual era coproprietário com Charles, seu irmão mais velho. A empresa é a segunda maior companhia familiar dos Estados Unidos. De acordo com a Forbes, David estava na lista dos mais ricos do mundo, com uma fortuna de estimados US$ 42,4 bilhões.

Nascidos no Kansas, os dois irmãos empresários exerciam grande influência nos bastidores da política republicana, com generosas doações para candidatos e causas que convergissem com suas posições econômicas conservadoras. David era, porém, um social liberal partidário dos direitos do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Também apoiava uma política externa não intervencionista.

Em 1980, David foi candidato à vice-presidência pelo Partido Libertário. Com o tempo, porém, alinhou-se com as forças republicanas. Ao lado do irmão, financiou uma rede de organizações conservadoras, em particular a Americans for Prosperity, dedicada à defesa de temas como redução de impostos e desregulação, com o objetivo de influenciar as eleições americanas.

Essas organizações ajudaram a alimentar a ascensão do Tea Party, em 2010, um movimento ultraconservador dentro do Partido Republicano que se tornou um desafio para o então presidente democrata, Barack Obama.

Sua influência era tão grande que, na eleição presidencial seguinte, os candidatos republicanos buscavam obter sua aprovação, participando de conferências exclusivas organizadas pela dupla. A exceção era Donald Trump, que teve suas credenciais conservadoras postas sob suspeita pelos dois irmãos e era, com frequência, depreciado por ambos.

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