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Coreia do Sul inicia exercícios militares para defender-se do Japão

Treinamento contou com a participação de navios de guerra e aeronaves

Agência France-Presse
postado em 25/08/2019 10:13
O Japão criticou o treinamento coreano e pediu para que ele fosse prontamente interrompido Seul, Coreia do Sul - A Coreia do Sul iniciou neste domingo (25/8) dois dias de exercícios militares para ensaiar a defesa de uma série de ilhas disputadas na costa leste contra um improvável ataque do Japão, o que alimenta as tensões entre os dois vizinhos.

Há poucos dias, Seul encerrou um programa de cooperação de inteligência militar com Tóquio, em meio a disputas comerciais e diplomáticas.

Navios de guerra e aeronaves participarão dos exercícios, disseram as forças navais sul-coreanas em uma mensagem de texto, sem fornecer mais detalhes.

O ensaio - rebatizado de "treinamento de defesa do território do Mar do Leste" - consolidará a determinação militar de defender as ilhas Dokdo e a área ao redor do Mar do Japão, disseram as forças navais.

O Japão criticou esses exercícios como "absolutamente inaceitáveis" e exigiu "firmemente" sua suspensão.

O Ministério das Relações Exteriores japonês disse em comunicado que o exercício é "extremamente lamentável" e anunciou que fez uma queixa contra Seul por meio de canais diplomáticos.

A Coreia do Sul iniciou esses exercícios em 1986 e desde então os realiza duas vezes por ano - geralmente em junho e dezembro - apesar da improbabilidade do Japão atacar.

Este ano, os exercícios foram atrasados devido à tensão com o Japão.

Seul controla estas ilhotas rochosas do Mar do Japão desde 1945, quando a ocupação japonesa da península coreana terminou, depois de 35 anos.

Tóquio também reivindica as ilhas e acusa a Coreia do Sul de ocupá-las ilegalmente.

Ambas as nações são economias de mercado, democracias e aliadas dos Estados Unidos, e ambas estão ameaçadas pela Coreia do Norte.

Mas os dois vizinhos estão envolvidos em disputas comerciais e diplomáticas há semanas, quando um tribunal sul-coreano ordenou que empresas do Japão indenizassem os sul-coreanos que foram forçados a trabalhar em suas fábricas durante a ocupação japonesa até o final da Segunda Guerra Mundial.

Em julho, o Japão impôs novas restrições à exportação de bens que são fundamentais para as empresas de tecnologia sul-coreanas, o que desencadeou uma série de medidas de represália que levaram os dois países a retirar a outra parte de suas respectivas listas de parceiros comerciais confiáveis.

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