Agência France-Presse
postado em 02/09/2019 21:38

O veículo blindado, no qual viajava a candidata à prefeitura do município de Suárez Karina García, foi "alvo de um atentado com armas de longo alcance" e, posteriormente, incinerado no departamento do Cauca, disse à AFP Jair Rossi, da Defensoria regional.
Em um tuíte, a Defensoria condenou o "massacre".
No ataque, também morreram a mãe de Karina, um candidato a vereador e três pessoas ainda não identificadas.
A região, onde faleceu a candidata do Partido Liberal, "é um setor de comunidade indígena", afetado pela violência ligada ao tráfico de drogas e à mineração ilegal, acrescentou Rossi.
O pai da candidata, Orlando García, de 60 anos, também denunciou que sua filha havia recebido ameaças de alguns seguidores de outros candidatos.
O alto comissário para a Paz, Miguel Ceballos, responsabilizou um chefe do grupo de dissidentes das Farc que operam nesta região, conhecido como Mayimbú. Também denunciou o sequestro de outro candidato do Partido Liberal, no Chocó (noroeste), por parte do Exército de Libertação Nacional. O ELN é a última guerrilha reconhecida pelo governo na Colômbia.
No Twitter, o Partido Liberal lamentou a morte de Karina nas mãos de "terroristas" e exigiu, do presidente Iván Duque, garantias de segurança para participar da disputa eleitoral.