Agência Estado
postado em 06/09/2019 20:45
O sistema bancário da Venezuela sentiu nesta semana a ameaça dos impactos das sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro, em um setor da sociedade diretamente ligado ao presidente: as forças armadas.
A entidade financeira criada para atender o setor militar da Venezuela, o Banco da Força Armada Nacional Bolivariana (Banfanb), teve os serviços de cartões de crédito suspensos pela bandeira Mastercard.
O anúncio foi feito pelo twitter do Banfanb na quarta-feira, que publicou a carta enviada pela Mastercard ao banco. O texto especifica que o motivo da suspensão está relacionado às sanções americanas e reitera que não se trata de um término definitivo, "por prever a possibilidade de que uma mudança nas circunstâncias poderia permitir levantar a suspensão e retomar nossas atividades".
Em comunicado, o presidente da entidade financeira, general Darío Baute, admitiu que entrou em vigor "a suspensão unilateral dos serviços interbancários nos cartões de crédito Banfanb por parte da empresa norte-americana Mastercard, materializado apesar dos nossos esforços, hoje, quarta-feira 4 de setembro". O trecho foi publicado pelo site Infobae.
Ainda na quarta-feira, Baute publicou em sua conta no Twitter que o banco havia conseguido reconectar os cartões Mastercard com 60% do sistema bancário venezuelano, mas não especificou de que maneira isso foi negociado.
Em comunicado, o presidente da entidade financeira, general Darío Baute, admitiu que entrou em vigor "a suspensão unilateral dos serviços interbancários nos cartões de crédito Banfanb por parte da empresa norte-americana Mastercard, materializado apesar dos nossos esforços, hoje, quarta-feira 4 de setembro". O trecho foi publicado pelo site Infobae.
Ainda na quarta-feira, Baute publicou em sua conta no Twitter que o banco havia conseguido reconectar os cartões Mastercard com 60% do sistema bancário venezuelano, mas não especificou de que maneira isso foi negociado.
Donald Trump determinou, em 5 de agosto, que os EUA poderiam bloquear todos os ativos em solo americano de empresas que prestem alguma forma de assistência ao governo chavista.
Apesar das sanções, uma ordem executiva de Trump fez com que o Departamento do Tesouro americano renovasse até 22 de março de 2020 uma licença que permite às bandeiras MasterCard, Visa, American Express, Western Union e MoneyGram operar com entidades financeiras públicas.
Estas são o Banco da Venezuela, Banco Bicentenário e Banco Central da Venezuela. Ao não incluir na lista o Banfanb, abriu a possibilidade para que as companhias decidissem suspender por conta própria seus serviços com bancos não especificados.
O Banfanb é uma instituição pequena, que controla somente 1,48% dos depósitos do sistema financeiro e 4,7% dos créditos. Na quarta-feira, a Mastercard também decidiu suspender os serviços com o Banco Agrícola da Venezuela, que possui 0,3% dos créditos do sistema bancário e financia projetos agrícolas.