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Bachelet denuncia violações e impunidade

postado em 07/09/2019 04:05

Em mais um relatório sobre violações a direitos humanos em países das Américas, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ontem o fim da impunidade na Nicarágua, onde, denunciou em relatório, a polícia e organizações pró-governo continuam a cometer afrontas ;graves; em um contexto de crise política que vem se arrastando há vários meses. A alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, Michelle Bachelet, assinalou no documento ter verificado episódios relevantes.

;As prisões e detenções arbitrárias continuaram sendo um meio de repressão à expressão de dissidência, e persistiram os casos de tortura e maus-tratos a pessoas privadas de liberdade em relação aos protestos;, enfatizou o relatório. A ex-presidente do Chile observou que ;o sistema de Justiça foi utilizado para criminalizar dissidências e garantir a impunidade dos responsáveis por violações de direitos humanos, demonstrando a falta de independência do judiciário em relação ao poder Executivo;.

Sob o comando do ex-guerrilheiro sandinista Daniel Ortega nos últimos 13 anos, a Nicarágua, um dos países mais pobres da América Central, atravessa uma grave crise política desde abril de 2018, quando eclodiu uma onda de protestos contra a reforma previdenciária defendida pelo governo.

Os manifestantes exigiam que Ortega deixasse a Presidência devido à repressão nos protestos. Desde então, a violência deixou mais de 325 mortos e 2 mil feridos, 62,5 mil exilados, centenas de opositores presos e uma profunda recessão econômica. O relatório sobre a Nicarágua vem dias depois de documentos sobre a Venezuela e o Brasil, que renderam a Bachelet ataques dos presidentes Nicolás Maduro e Jair Bolsonaro.

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