postado em 10/09/2019 04:06
Pesquisadores do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou e do Instituto de Biofísica Celular da Rússia mostraram que um composto antioxidante conhecido como peroxiredoxina é eficaz no tratamento de lesões renais em ratos. O estudo, publicado na revista Cell and Tissue Research, relata taxas de sobrevivência triplicadas em animais tratados com o produto químico antes de sofrerem uma lesão de isquemia-reperfusão. A equipe diz que a peroxiredoxina também oferece perspectivas de armazenamento mais prolongado de rins doados para transplante.Os tecidos vivos dependem de um fluxo constante de sangue para sobreviver. Restrições no suprimento sanguíneo, conhecidas como isquemia, levam à escassez de oxigênio e de nutrientes. Isso pode tornar o tecido mais ácido e prejudicar a permeabilidade da membrana celular. Por fim, podem surgir danos nos tecidos, sendo que rins, coração e nervos são os mais vulneráveis. Quando o fluxo normal é retomado, essa chamada reperfusão não causa a regeneração do tecido danificado. Em vez disso, a concentração de espécies reativas de oxigênio (EROs) aumenta, provocando estresse oxidativo e prejudicando ainda mais as células. Uma contagem de EROs patologicamente alta pode desencadear a autodestruição celular, o que é conhecido como apoptose.
As causas da isquemia incluem constrição dos vasos sanguíneos, alterações na pressão arterial ou na frequência cardíaca, hemorragia e trauma. A síndrome de isquemia-reperfusão permanece um fator-chave nas patologias de órgãos. Quando afeta os rins, pode ocorrer insuficiência renal aguda, resultando em morte em metade dos casos.
Como o estresse oxidativo está envolvido no dano tecidual causado por isquemia-reperfusão, os antioxidantes são opção de tratamento particularmente promissora por reduzirem o estresse oxidativo, disseram os autores do estudo. Na pesquisa, eles usaram enzimas peroxiredoxinas para tratar isquemia-reperfusão renal
A lesão foi modelada em camundongos, divididos em dois grupos: que recebeu tratamento com PRX6 e que não recebeu. No último grupo, um em cinco camundongos sobreviveu no quarto dia, em comparação com três em cinco cobaias.