Mundo

Colômbia pede 'serenidade' diante de tensão com Venezuela

Vice-presidente Marta Lucía Ramírez diz que não cederá a 'provocações', mas que as Forças Armadas estão à postos para responder "ataques externos"

Agência France-Presse
postado em 10/09/2019 19:28
Presidente da Colômbia, Ivan Duque, e a sua vice Marta Lucia Ramirez pedem calmaO governo da Colômbia pediu "serenidade" nesta terça-feira diante da tensão com a Venezuela, que realiza manobras militares na fronteira comum diante de supostas "ameaças" de Bogotá.

"Conclamamos todos os colombianos a ter serenidade, saber que temos uma força pública suficientemente equipada e capaz. Não há que temer esta ameaça, pois seria uma insensatez pensar que possa ser real", declarou a vice-presidente, Marta Lucía Ramírez.

"Mas não podemos baixar a guarda. Sabemos que desde (o finado presidente Hugo) Chávez e agora com (Nicolás) Maduro têm alimentando na Venezuela o terrorismo colombiano, internacional, de mãos dadas com o narcotráfico".

Ramírez garantiu que a Colômbia não cederá a "provocações", mas afirmou que as Forças Armadas estão preparadas para responder a "qualquer ataque externo".

"Temos como defender nosso território e, certamente, também temos aliados internacionais que defendem a democracia, o Estado de direito".

A vice-presidente assegurou que a Colômbia está ativando "todos os instrumentos internacionais que permitam garantir a paz na região", em referência ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) e outros mecanismos.

O TIAR é um acordo regional de defesa militar mútua, integrado por 18 nações americanas, que fornece a base legal para uma eventual intervenção estrangeira.

O governo dos Estados Unidos informou que junto a outros países ativará o TIAR diante da crise na Venezuela, mas destacou que o propósito é buscar um marco jurídico e não "invocar a força militar".

Colômbia e Venezuela, com relações cortadas desde fevereiro, estão envolvidas em uma nova tensão bilateral após o presidente colombiano, Iván Duque, acusar Caracas de abrigar dissidentes da guerrilha das Farc.

Maduro respondeu ativando um "alerta" na fronteira de 2.200 km e anunciando exercícios militares na área a partir desta terça-feira, que incluem a implantação de um sistema de mísseis terrestres e antiaéreos.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação