postado em 11/09/2019 04:05
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, se reuniram ontem, em Washington, para debater a crise migratória na América Central. Em nota, a Casa Branca afirmou que Pence reconheceu os ;passos significativos e sem precedentes; dados pelo México para ajudar a interromper o fluxo de imigração ilegal à fronteira dos EUA desde a assinatura da Declaração Estados Unidos-México, em 7 de junho passado. De acordo com o comunicado, Pence elogiou a criação de uma Guarda Nacional mexicana e o envio de milhares de efetivos para a fronteira. ;Os líderes concordaram que, embora progressos tenham sido realizados, ainda há mais trabalho para reduzir o fluxo de migrantes ilegais para os EUA;, diz o texto.
Pence destacou os esforços do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos para expandir a implementação dos Protocolos de Proteção aos Migrantes, a fim de agilizar o processamento de pedidos de imigração. Além do vice-presidente, participaram do encontro os secretários Mike Pompeo (Estado) e Kevin McAleenan (Segurança Interna); Jared Kushner, genro e assessor de Trump; e Chistopher Landau, embaixador dos Estados Unidos no México. Até o fechamento desta edição, a Casa Branca não tinha divulgado medidas efetivas tomadas durante a reunião. Washington ameaçava impor tarifas sobre produtos mexicanos, caso não houvesse avanço.
Segundo o jornal mexicano El Universal, o chanceler Ebrard explicou que a reunião na Casa Branca foi ;amistosa;. Durante o encontro, o ministro garantiu que a estratégia usada para frear o fluxo irregular de migrantes ;está funcionando; e ;é bem-sucedida;. Ebrard também assegurou que o México está ;a quase 90% do objetivo principal; ; a redução do fluxo ilegal de imigrantes, cuja tendência é ;irreversível;. Os dois países acordaram com a necessidade de controlar a entrada de armas na fronteira; para tanto, criarão um grupo binacional que fará uma apuração mensal sobre o fenômeno. Ainda de acordo com o El Universal, o chanceler negou que Washington tenha refeito a ameaça de tarifas sobre as importações do México.