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Nova York recorda os 18 anos do 11 de Setembro

Parentes das vítimas, policiais, bombeiros e líderes da cidade se reuniram no Memorial Nacional de 11 de Setembro para marcar o 18º aniversário do ataque

Agência France-Presse
postado em 11/09/2019 13:54
Prefeito de Nova York, Bill de Blasio, participa de cerimônias no Memorial Nacional de 11 de setembro, em Nova York.Nova York recordou nesta quarta-feira (11) as quase 3 mil pessoas mortas em 11 de setembro de 2001, em uma cerimônia solene no Marco Zero, onde os aviões sequestrados pelo grupo Al-Qaeda derrubaram as Torres Gêmeas há 18 anos.

Parentes das vítimas, policiais, bombeiros e líderes da cidade se reuniram no Memorial Nacional de 11 de Setembro para marcar o 18; aniversário do ataque mais mortal ocorrido em solo americano.

Eles mantiveram momentos pungentes de silêncio às 8h46 e 9h03 locais, os horários precisos em que os jatos de passageiros atingiram as Torres Norte e Sul.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, o prefeito, Bill de Blasio, e seus antecessores, Michael Bloomberg e Rudy Giuliani, estavam entre os que compareceram à cerimônia.

O ato se tornou uma tradição anual, principalmente com os parentes lendo a longa lista de mortos, dizendo algumas palavras sobre os que morreram, em uma cerimônia que leva cerca de quatro horas.

"Nós amamos vocês, sentimos sua falta e vocês sempre serão os herói da América", afirmou uma mulher depois de ler os nomes de seu irmão e primo mortos na tragédia.

Parentes se abraçaram e se consolaram e deixaram rosas no memorial. Alguns seguravam cartazes com imagens de seus entes queridos que foram mortos pelos terroristsas.

Gaitas de fole foram tocadas quando policiais entraram na cerimônia carregando a bandeira dos Estados Unidos e, em seguida, o hino nacional foi entoado.

O presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania Trump receberam as famílias e sobreviventes das vítimas na Casa Branca, onde também marcaram o aniversário com um momento de silêncio.

Posteriormente, Trump afirmou que os ataques - que definiu como sem precedentes - dos Estados Unidos contra o Talibã vão prosseguir no Afeganistão, cinco dias depois que ele interrompeu as negociações de paz com o grupo no fim de semana passado.

"Nos últimos quatro diasm as forças americanas atingiram nosso inimigo com mais força do que jamais foram atingidos antes e isso continuará", afirmou Trump, acrescentando que os ataques foram ordenados em retaliação pela morte de um soldado americano na semana passada.

Trump tem programado ir ao Pentágono, onde também deverá discursar.

Homens da rede Al-Qaeda sequestraram um total de quatro aviões. Dois atingiram as Torres Gêmeas, que acabaram desabando.

O terceiro foi jogado contra o prédio do Pentágono, e o quarto, que ficou conhecido como o voo 93, caiu em um campo aberto em Shanksville, na Pensilvânia, aparentemente derrubado pelos próprios passageiros que resistiram aos terroristas a bordo.

O quarto avião teoricamente se dirigia para a Casa Branca.

Além dos mortos no 11 de Setembro, milhares de bombeiros, policiais, socorristas, trabalhadores da construção civil e moradores das vizinhanças desenvolveram doenças, muitas das quais terminais, como resultado da inalação de vapores tóxicos.

Um censo do "WTC Health Program", um programa federal de saúde voltado para os sobreviventes dos atentados, registrou 10.000 pessoas com câncer.

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