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Guaidó é investigado por suposto vínculo com criminosos na Colômbia

O governo de Nicolás Maduro acusa Guaidó de ter sido protegido por esses criminosos ao atravessar a fronteira em fevereiro, violando a proibição de deixar o país imposto após se autoproclamar presidente interino

Agência France-Presse
postado em 13/09/2019 20:18
Guaidó fala em um púlpitoA procuradoria venezuelana anunciou nesta sexta-feira (13/9) a abertura de uma investigação criminal contra Juan Guaidó por sua suposta "conexão" com uma quadrilha colombiana que o teria ajudado a sair ilegalmente da Venezuela, após a divulgação de fotos nas quais o líder da oposição aparece com membros desse grupo.

"Diante das graves evidências, levadas a público (...), em relação ao vínculo do cidadão Juan Guaidó com o grupo narcoparamilitar Los Rastrojos, este Ministério Público decidiu abrir uma investigação penal", anunciou o procurador-geral, Tarek William Saab.

"As evidências saltam aos olhos", disse o procurador-geral, em referência a fotos de Guaidó com integrantes do grupo de paramilitares colombianos em 2006.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, qualificou o caso de "tremendo escândalo sua aliança criminosa com Los Rastrojos...". "Aparece ao lado de quatro, não um, dois ou três, mas quatro dos mais perigosos criminosos" da cidade colombiana de Cúcuta.

A Fundação Progresar, uma ONG colombiana de direitos humanos que monitora a violência na fronteira, postou no Twitter duas fotos do líder opositor venezuelano com Jhon Jairo Durán, apelidado de "El Costeño", e Albeiro Lobo Quintero, também conhecido como "El Brother", membros do Los Rastrojos presos na Colômbia.

A AFP comprovou a autenticidade das fotos, que teriam sido feitas no dia 22 de fevereiro, véspera da fracassada tentativa de entrada na Venezuela da "ajuda humanitária" fornecida pelos Estados Unidos.

Saab, que é próximo ao governo do presidente Nicolás Maduro, já abriu vários processos contra Guaidó, líder do Parlamento, autoproclamado presidente interino da Venezuela e reconhecido no cargo por mais de 50 países.

O governo de Nicolás Maduro acusa Guaidó de ter sido protegido por esses criminosos ao atravessar a fronteira em fevereiro, violando a proibição de deixar o país imposto após se autoproclamar presidente interino.

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